da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
O Museu Histórico e Cultural – Solar do Barão reabre nesta quinta-feira (12), a partir das 12h, com a abertura da exposição “Jundiahy… Jundiaí!”. Por meio de fontes históricas diversas, a mostra busca o envolvimento dos visitantes no passado do Município, ressaltando a importância da pesquisa científica a partir de fontes, como documentos, objetos, arquivos e práticas culturais. A exposição segue para visitação gratuita até o dia 03 de maio.
O diretor do Departamento de Museus da Unidade de Gestão de Cultura (UGC), Paulo Vicentini, reforça a importância da pesquisa histórica na montagem da mostra. “Quem visitar a exposição poderá conferir fontes históricas primárias, como documentos de época da Câmara Municipal, um dos acervos mais antigos do país, além de fontes secundárias, como testemunhos, relatos e matérias de jornais. A intenção da mostra é permitir que o visitante imerja no passado de Jundiaí, entendendo a importância da pesquisa em fontes históricas e de sua interpretação. E isso pode interagir com a redescoberta da cidade, uma vez que o passado muda porque o presente e seus olhares também mudam”.
O percurso da mostra, espalhada por dez salas do museu, inicia-se com as referências populacionais na formação da cidade, mapas dos limites territoriais do Município em 1750, (quando o território de Jundiaí compreendia também Campinas e Mogi-Mirim), vestígios tupis-guaranis na Serra do Japi além de trechos do traslado do auto da criação da Vila de Jundiahy”, em 14 de dezembro de 1656, do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Portugal, um ano depois do que vem indicado na bandeira do Município.
Na sequência vêm os retratos da submissão, exploração e resistência dos povos indígenas, africanos e afrodescendentes em Jundiaí, como o relato da escrava liberta “Tia Custódia” à revista Sultana e a reprodução de documento afeito à penhora de pessoas escravizadas, gentilmente cedido pelo 1º Cartório Oficial de Registro de Imóveis, Títulos, Documentos e Civil de Jundiaí.
Para o 1º oficial, Leonardo Brandelli, documento retrata parte da história da cidade e do país. “Documentos como este são importantes para entendermos a História, mas chocam. A escravidão, nos livros escolares, mostra o tratamento do escravo como coisa, mas isso não impacta tanto quanto ver uma pessoa sendo penhorada, sendo dada como garantia. É um verdadeiro choque emocional, que facilita a compreensão, e trata de meados do século 19, o que, em termos históricos, foi ontem”.
Em seguida, a exposição retrata Jundiaí no olhar do viajante (nos relatos do Visconde de Taunay, a caminho da guerra no Paraguai), o transporte por diligências e a chegada das estradas de ferro (Santos-Jundiaí e Paulista), a transcrição da elevação à cidade (em 28 de março de 1865), as notícias da greve dos ferroviários em 1906, as fotos e equipamentos fotográficos do século 20, os depoimentos dos imigrantes com saudades da sua terra e a ligação de Carmen Miranda com a produção de uva na cidade.
Com pitadas interativas de bom humor, uma sala expositiva é toda dedicada a clichês abrangendo diversidade gastronômica, tipos e os movimentos migratórios árabes, ingleses, portugueses, italianos, judeus, sulistas e nordestinos à cidade.
Atendendo às orientações da Vigilância Epidemiológica da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), o percurso de exposição conta com salas abertas e ventiladas, além da distribuição de álcool em gel para assepsia.
O Museu Histórico e Cultural fica rua Barão de Jundiaí, 762, Centro, e fica aberto de terça a sexta-feira, das 10h às 17h. Aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h. Já os jardins externos ficam abertos diariamente. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 4521-6259.