da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
Como será Jundiaí daqui a 30 anos? O que é necessário fazer agora para garantir sustentabilidade e qualidade de vida? O primeiro evento do Fórum Jundiaí 2050, realizado na tarde desta terça-feira (24) no auditório do Paço Municipal, discutiu essas e outras questões com a presença de convidados e três palestrantes que compartilharam experiências realizadas em São Paulo e no Ceará. Após as palestras, o encontro foi aberto para debate e perguntas dos participantes.
Denominado “Experiências de Planejamento de Longo Prazo”, este é o primeiro de seis encontros que serão realizados pela Prefeitura de Jundiaí, por meio da Unidade de Gestão de Governo e Finanças (UGGF), abordando temas ligados a desenvolvimento econômico, educação e meio ambiente, entre outros.
O encontro foi aberto pelo prefeito Luiz Fernando Machado e pelo gestor da UGGF, José Antonio Parimoschi, e contou com representantes de diversas entidades e organizações, como Sesc, Sesi, CIESP, Fundação Getúlio Vargas e Sebrae. Parimoschi destacou a importância do planejamento a longo prazo – algo que não é comum no Brasil em nenhuma instância de governo, seja no município, Estado ou na União. “Temos uma carência de planos de longo prazo, e isso nos coloca em uma posição de inferioridade em relação aos países desenvolvidos”, afirmou. “Não podemos viver de sobressaltos; a administração pública precisa ter planejamento”, e o plano de governo dessa administração já tinha isso como meta”.
O prefeito reforçou o desafio que as cidades enfrentam na atualidade: na década de 50, cerca de 70% da população das cidades vivia no campo; hoje é o contrário – 70% da população vive na cidade, e 30% no campo. “Uma cidade que cresce de forma desorganizada oferece serviços de pior qualidade aos seus cidadãos”, disse Luiz Fernando Machado. “Esse fórum nos coloca na lista das cidades que estão planejando seu futuro, algo que Jundiaí já faz, mas que podemos potencializar com a participação da sociedade”.
Os palestrantes foram Tomas Cortez Wissenbach, que participou da elaboração do Plano Diretor Estratégico da Cidade de São Paulo (2013-2014) e exerceu a coordenação técnica do plano de longo prazo SP 2040 (2011-2012). Entre suas orientações, ele destacou a importância de construir consensos e definir uma estratégia de comunicação para que toda a comunidade se sinta parte de um projeto comum.
Por videoconferência, falaram a diretora de Planejamento do Instituto de Planejamento de Fortaleza (IPLANFOR) e coordenadora geral do Plano Fortaleza 2040, Lia de Souza Parente, e o coordenador executivo da Plataforma Ceará 2050, Expedito Parente. Ambos abordaram a importância de que os planos a longo prazo tenham continuidade. “Aqui no Ceará, o projeto Ceará 2050 se propõe a ser um plano de Estado, e não de governo”, disse Expedito.