da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
Nem mesmo a chuva intensa tirou o ânimo dos atletas que participaram na manhã deste sábado da 2ª Prova Mountain Bike do Peama, realizada no Parque da Cidade. As equipes, formadas por 32 participantes entre 15 e 60 anos, foram separadas de acordo com o grau de habilidade dos atletas, acostumados aos treinos realizados toda quarta-feira, nas dependências do Parque. “Fazemos várias largadas justamente para reunir os atletas com habilidades parecidas”, explica o professor César Munir, diretor do Peama.
O trajeto definido de 2,8 km premiou os atletas que chegaram até a terceira colocação de cada categoria. Mesmo diante da lama que o acompanharia por todo o caminho, o atleta Nelson Luiz Soares, de 60 anos, garantia não se incomodar com a chuva. “Quando a gente pratica esporte, se sente mais leve e com muito mais disposição”, revela o praticante de caminhada, ciclismo e natação, que perdeu a visão há 23 anos, após um descolamento de retina.
Disposição também era a palavra que definia Sérgio Robinson Hoffmann, de 52 anos. Aluno do 4º semestre da ESEF (Escola Superior de Educação Física), Sérgio conta que chegou ao Peama há 6 anos e através dele pratica ciclismo, caiaque, vela, natação, musculação, atletismo, caminhada e até participa do grupo de dança. Ele, que perdeu o movimento dos membros superiores e inferiores aos 35 anos, já tem até uma frase pronta quando alguém pergunta o que o Programa de Esportes e Atividades Motoras Adaptadas significa em sua vida: “Costumo dizer que antes do Peama, minha esposa era quem me ajudava a fazer tudo. Depois que o Peama entrou na minha vida, sou eu quem a ajuda a fazer as coisas.”
O “mago” das bicicletas adaptadas
O evento esportivo também contou com uma homenagem ao mecânico do Peama, o sr. Antonio Thomazzi, de 80 anos, que há mais de 20 anos dedica-se a ser o “mago” das bicicletas adaptadas. “Temos de pensar em soluções práticas e criativas, desde a instalação de uma rodinha de sustentação para reforçar uma bicicleta de adulto, ou uma handbike (onde o pedal fica na mão), até uma cadeira de rodas adaptada para o arremesso de peso”, explica.
Aposentado de uma indústria metalúrgica onde trabalhou por 35 anos, ele dedica-se integralmente aos bastidores das provas ciclísticas, e revela que o amor pelo ciclismo está presente na família há muito tempo. Seu Toninho, como é carinhosamente chamado por todos, é primo de Israel Bernardi, figura de extrema relevância para a história do ciclismo jundiaiense.