Mesa discute inclusão de pessoas com deficiência e meio ambiente

7/6/2016 - Jundiaí - SP

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí

Como aumentar o acesso de pessoas com deficiências com reservas ambientais é um tema desafiador que foi tratado nesta segunda-feira (6) dentro da Semana do Meio Ambiente 2016, da Prefeitura de Jundiaí. O evento na Unidade de Desenvolvimento Ambiental (Unidam) reuniu setores variados, como a Coordenadoria da Pessoa com Deficiência, a Fundação Serra do Japi, o Programa de Esportes e Atividades Motoras Adaptados (Peama), monitores das trilhas do Nossa Serra, Centro de Referência de Educação Ambiental (Cream), Companhia Ambiental Estadual (Cetesb) e outros.

“Foi um evento diferente e que trouxe muitos insights de cooperação entre segmentos variados”, afirmou o coordenador setorial Alcebíades Nascimento Silva Júnior.

Ele lembrou que o tema da acessibilidade e inclusão desse setor da comunidade tem sido marcado em diversas outras iniciativas de debate, como no Plano Diretor Participativo ou no projeto Urbanismo Caminhável, entre outros, e que o objetivo é ampliar sua presença nas políticas públicas.

Novas Tecnologias
O apoio para a discussão foi prestado pelo grupo Umpratodos, que reúne profissionais das áreas de diversas áreas técnicas na capital paulista para a chamada comunicação inclusiva. Uma dessas novidades foi uma folha de resina transparente que abriga a leitura em braile, por exemplo, junto com a leitura comum.

“São diversos públicos que envolvem desde a deficiência visual ou auditiva até as deficiências físicas ou intelectuais. Mas o desenvolvimento desses materiais gera avanços também para o público geral, como no caso das visitas autoguiadas com descrições auditivas”, comenta a museóloga Amanda Trojal.

De acordo com Rosilene Araújo, da Umpratodos, esse tipo de preocupação atualmente cresce no setor privado com a presença de cardápios, livros, filmes ou esportes paraolímpicos com recursos de inclusão criados de forma muldisciplinar.

A gestora ambiental Patrícia Polli, que também trabalha com trilhas guiadas e publicações científicas, lembrou o caso de que pessoas com deficiência visual chamaram a atenção com o tato para a existência do “bicho-casca”, uma espécie da família dos percevejos que habita a Serra do Japi e era invisível aos olhos normais por causa do mimetismo.

O caso é sempre citado pelo biólogo João Vasconcellos-Neto, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sobre as surpresas da biodiversidade e pode ser usado também para um caso de inclusão.

Para Flávio Gramolelli Júnior, da Fundação Serra do Japi, o assunto já vem sendo olhado na cidade há algum tempo, lembrando de iniciativas com grupos como do Peama e do Instituto Luiz Braille.

“Mas esse diálogo mais amplo é essencial para novos avanços futuros”, diz. O tema deve também aparecer com orientações na próxima revisão do plano de manejo da Reserva Biológica Municipal (Rebio Serra do Japi).

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