Prefeitura capacita mil servidores em atendimento de idosos

6/6/2016 - Jundiaí - SP

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí

Com quatro turmas da formação chamada “Um Novo Olhar Sobre a Velhice: Compreendendo Suas Necessidades de Atendimento e Cuidado”, com destaque para a derrubada de mitos sobre o assunto, a Prefeitura de Jundiaí atingiu o patamar de 1 mil servidores municipais capacitados por oficinas voltadas para o atendimento adequado nos diversos serviços públicos aos moradores com mais de 60 anos de idade desde o ano passado.

“Essa é uma previsão do próprio Estatuto do Idoso e reforçada entre as metas definidas pela Conferência Municipal do Idoso, em 2014, de buscar um atendimento voltado para esse segmento crescente da população”, afirma a coordenadora Cláudia Sartori. O evento foi da Escola de Governo e Gestão do Município de Jundiaí.

A convidada Marcela Alice Bianco, psicóloga clínica e psicoterapeuta junguiana e autora do capítulo sobre Síndrome de Burnout no “Tratado Brasileiro sobre Perdas e Luto” (Editora Ateneu), não deixou por menos. Com muita calma na linha de raciocínio, atacou mitos levantados pelos próprios presentes como a fragilidade dos idosos ou, em seu oposto, a sabedoria.

“Todos temos idosos de referência citados aqui como Palmirinha ou Drausio Varela, que seguem ativos em suas capacidades. Mas cada pessoa vai lidar de um jeito com sua história de vida, que nem sempre vira sabedoria. O respeito que devemos ter é com a outra pessoa, como queremos ser também respeitados”, afirmou.

Da mesma forma, ela discordou da afirmação comum de que alguns idosos “viram crianças”, porque lembra que no caso dos bebês já existe um código construído nas pessoas e na comunidade e que não existe no caso dos idosos. E nesse ponto, ao contrário de asilos, o importante é notar que todas as pessoas são dependentes – inclusive todos aqueles que chegaram de carros ou ônibus, já que dependeram de quem construiu os veículos, de quem extraiu o combustível, de quem dirigiu caminhões para distribui-los, de quem abasteceu os mesmos no posto (o mesmo com mudanças nos casos de bicicletas ou caminhadas).

Mas algo está ocorrendo na sociedade atual. A noção de velho como coisa em desuso, superada ou fora de moda está mudando com as ondas retrô e vintage nas roupas, nos discos, nos móveis reconstruídos, na revitalização de centros urbanos (tão comuns na Europa e tão ainda raras no Brasil), enfim, na noção de reaproveitamento que está mudando na cultura de muita gente.

Uma dessas coisas, ainda no inconsciente de muitos, é a imagem dos veteranos ainda com base em seus próprios avôs e avós. O mundo, mesmo revalorizando o tempo vivido, mudou.

“Com os idosos, ou seja, com pessoas, está acontecendo a mesma coisa. Estamos redescobrindo nossas trajetórias com a valorização dessas pessoas. Então não é mais uma marginalização, mas apenas mais uma das fases da vida que tem suas características próprias e exige a empatia, o sentir dentro de si a situação do outro”, afirmou.

As formações do tema na Prefeitura de Jundiaí estão voltadas para o atendimento futuro mais adequado para essa faixa da população.

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