da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
Com 154 presépios mostrados por 34 expositores diferentes, a tradicional Exposição de Presépios em cartaz no Solar do Barão, uma das unidades do Museu Histórico e Cultural de Jundiaí, mostra neste ano um “protesto artístico” com uma representação de manjedoura feita sobre uma base de lama e pequenos galhos e folhas que imediatamente fazem lembrar a maior tragédia ecológica do Brasil, ocorrida em Mariana (MG).
A iniciativa foi do professor e artista plástico Alex Roch, que também levou outro em referência suave aos conflitos terroristas em Paris mas que não atinge a mesma força da mensagem do outro. Ele trabalhou em cooperação com Renata Rossi. A lama utilizada, de acordo com o artista, é bastante parecida com a da tragédia ambiental, por ser usada no revestimento de fornos.
O chamado “tsunami de lama tóxica” da barragem de dejetos de mineração da Samarco, no início de novembro, abalou populações e ecossistemas de todo o vale do rio Doce em Minas Gerais e Espírito Santo, chegando ao oceano, e causou uma grande mobilização solidária em Jundiaí, que levou 30 toneladas de água, roupas e outros elementos para a cidade mineira de Periquito, de 7 mil habitantes, nessa quarta-feira (2).
Beleza e tradição
A iniciativa de Alex Roch destacou-se pela inovação, mas entre os 154 presépios da exposição não faltam motivos para encantamento e também para a diversidade de materiais, técnicas e contrastes entre elementos centenários e também outras inovações. A exposição está aberta até as 22h e foi inaugurada pelo prefeito Pedro Bigardi e pela primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade (Funss), Margarete Geraldo Bigardi na terça-feira (1).
Em número absoluto, a maior parte é formada pelas miniaturas da coleção de Felipe Andriani (com 105 peças). Em tamanho, sem dúvida é da dupla Laércio Tetto e Kiko (com dois casos). Como metáfora, pode ser apontado o caso do ator Cláudio de Albuquerque.
Mas a lista de presépios passa por Henrique Jahnel Crispim (3), Andresa Brandão (1), Carlos Pasqualin (1), Daniela Borelli (1), Idalina Cerione (1), Erika Folgozi (1), Maria Lucia Panizza (2), Leonildes Garcia (1), Regina Kalman (2), Vera Palermo (10), Elisangela Miquelin (1), Maria Helena Ferrari (1), Betinha Carneiro (1), Marco Scarelli (1), Simone Mantovani (1), Nei Manzi (1), Elídia R. Farias (1), Zilda Pazetto (1), Lucia de Assis (1), Grupo Zama (1), Marilda Marquesim (3), Fátima Marquesim (2), Casa da Fonte (1) e Elenice Aparecida Mota (1).
A exposição conta ainda com um presépio do próprio museu e, integrando o programa Jundiaí Feito à Mão, das artesãs Raimunda da Costa Silva (1), Maria Conceição da Silva (1) e Maria Helena Vian (1).
A visitação pode ser feita até 6 de janeiro. O Solar do Barão fica na rua Barão de Jundiaí, 762, no Largo da Matriz (Centro Histórico) e funciona em horário especial até 22h. Para mais informações, o contato é (11) 4521–6259.