da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
O projeto-piloto Urbanismo Caminhável, implementado pela Prefeitura entre maio e novembro deste ano, foi um dos casos elencados no Seminário Internacional Cidades a Pé, organizado de quinta-feira (25) a sábado (28) de novembro pela Comissão Técnica de Mobilidade a Pé da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) com apoio do Banco Mundial.
A apresentação da experiência foi feita pelo consultor Lincoln Paiva, do Instituto Mobilidade Verde, na mesa redonda da sexta-feira (27) sobre mobilidade a pé e saúde, ao lado de Thais Mauad, da Faculdade de Medicina da USP; Renato Boareto, do Instituto Energia e Meio Ambiente; e Reetta Putkonen, do Departamento de Planejamento Urbano de Helsinki, da Finlândia.
No mesmo dia, participaram também do evento autoridades de Buenos Aires (Argentina), San Francisco (Estados Unidos) e Madrid (Espanha).
Técnicos municipais foram destacados pela Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente para acompanhar todo o evento. Também marcaram presença monitores que atuaram no contêiner-oficina do Largo da Matriz.
“A principal meta de governo do prefeito Pedro Bigardi é trabalhar com uma cidade para pessoas. Essa iniciativa é um dos componentes dessa busca”, afirmou a secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Camara Sutti.
Os objetivos do seminário, realizado no Instituto Tomie Ohtake, foram discutir e refletir sobre a importância do caminhar nas cidades, mostrando tanto o panorama atual dos municípios modernos que se desenvolveram de forma a dificultar o andar a pé e os seus efeitos negativos (em Jundiaí mais visíveis a partir da década de 1990) quanto as iniciativas, políticas públicas e estudos que já estão invertendo a lógica dos espaços urbanos ao promover cidades mais caminháveis.
De acordo com Lincoln Paiva, Jundiaí foi a primeira cidade brasileira a apostar numa ferramenta de auditoria de caminhabilidade para avaliar o quão caminhável são as ruas do centro da cidade a partir de um estudo aprofundado com técnicos, especialistas e participação da sociedade. O resultado foi umrelatório com indicadores chave onde foi possível identificar as prioridades para investimentos em intervenções e projetos urbanos para mudar a lógica de mobilidade urbana.
Todos os relatórios e eventos do projeto, que também gerou colaborações em redes virtuais, estãodisponíveis publicamente em online.
O trabalho contou com a consultoria do Instituto Mobilidade Verde, Zoom Arquitetura e do Escritório Thaisa Froes. Segundo Lincoln, outras cidades começam a se interessar pelo tema porque ocorre que cidades caminháveis são mais desenvolvidas e proporcionam maior qualidade de vida aos seus cidadãos.
“Cidades caminháveis são mais vibrantes, demandam menos recursos, as pessoas são mais felizes e economicamente viáveis”, afirmou.
O evento
Além do eixo de mobilidade a pé e saúde, o seminário também envolveu os eixos de desenho urbano e políticas públicas para a mobilidade a pé, cidades para todos e cidades a pé com experiências de ainda mais países como México, Colômbia e outros, ao lado de entidades como o Hospital das Clínicas, a WRI e grupos que estiveram no projeto em Jundiaí como Sampapé, Red Ocara e outros.
Um dos legados do projeto, além dos aspectos técnicos, urbanísticos e didáticos e de produtos como mobiliário de áreas públicas e parklets, é uma legislação para orientar a instalação de intervenções urbanas (como os próprios parklets) pela comunidade, que está sendo concluída pela Prefeitura. Uma segunda fase do projeto, quando viabilizada, deve ocorrer com bairros como foco principal.