da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
A Prefeitura está implantando um projeto-piloto na requalificação de bairros contra a degradação causada pelo tráfego de veículos em vias locais com a criação de praças que reorientam esse fluxo no Jardim Brasil. A medida, na direção contrária de tentativas de fechamento irregular buscadas por moradores em outros locais, privilegia o acesso de pedestres e de ciclistas garantindo o atual caráter residencial.
“Estamos seguindo ainda os conceitos do atual Plano Diretor, que está sendo revisto e define as vias locais como acesso de moradores aos seus lotes e depois as vias arteriais como conexão com as vias coletoras de tráfego. É uma reorganização urbana, sem envolver muros, guaritas ou controle, que será avaliada e poderá depois ser replicada e descentralizada em outros bairros”, explica a secretária Daniela da Camara Sutti.
O estudo foi desenvolvido pela Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente e apoio técnico da Secretaria de Transportes.
Uma parte das intervenções é feita em parceria com a iniciativa privada, que construiu uma grande torre de escritórios no bairro vizinho da Chácara Urbana em um terreno que abrigava apenas uma residência, conhecida historicamente como a Mansão Rappa. Os dois bairros, próximos ao Cemitério Nossa Senhora do Desterro, fazem parte da região central ampliada, que também vem recebendo outras intervenções como o Plano de Reabilitação do Centro Histórico e o Urbanismo Caminhável.
Na prioridade para a escala da cidade para pessoas adotada nesses estudos, esse projeto-piloto busca gerar parâmetros de qualidade urbana em bairros para equilibrar o processo dos últimos anos de “expulsão” de moradores tradicionais para condomínios fechados que já abrangem mais de 30% da população. Na região ampliada do Centro Histórico, o plano prevê que a presença de moradores (tanto tradicionais como novos) é parte fundamental do processo de reabilitação.
O projeto-piloto do Jardim Brasil, no campo da requalificação urbana e do controle da degradação do tráfego, é parte equivalente de esforços do governo Pedro Bigardi para a cidade como ocorre, no campo da habitação popular, com a construção de 1,6 mil unidades que no sábado (29) teve a entrega de nova parcela de apartamentos na Vila Ana.
“A situação em que ocorre esse teste de intervenção é exatamente o contrário do fechamento, buscando atender ruas que não podem absorver uma nova demanda de passagem causada pela falta de planejamento e de projetos viários adequados. A diferença nesse projeto-piloto, já adotado em outras cidades, é não isolar o bairro mas apenas protegê-lo pela reorientação do tráfego motorizado e garantir a acessibilidade do tráfego não-motorizado”, afirma Daniela.
Dessa maneira, todas as ruas do bairro serão acessadas por esses formatos a pé ou de bicicleta e, para veículos, ficará com entradas (incluindo o uso de “traffic calming”) pela Vila Municipal ou pela Rua São Lázaro e saídas também para esses lados e mais para a Chácara Urbana. As mudanças são pontuais, incluindo ampliação de calçadas em alguns casos.