da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
A revitalização do Centro Histórico de Jundiaí foi alvo de três atividades nesse fim de semana que envolveram o resgate de caminhos e referências históricas para pedestres, a visibilidade de zonas de concentração de atividades criativas e o replantio de árvores e plantas como parte do design urbano. Realizadas entre essa sexta-feira (7) e esse sábado (8), foram organizadas por moradores da cidade dentro do projeto Urbanismo Caminhável.
“Esse projeto vem mostrando que é preciso uma retomada dos espaços públicos pela comunidade, e isso pede uma mudança de mentalidade tanto nos setores governamentais quanto na sociedade. Não podemos mais ter uma prioridade exclusiva para veículos. É preciso melhorar a qualidade de vida das pessoas”, afirmou a secretária Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Camara Sutti, na passagem do Dia Mundial do Pedestre, celebrada no sábado (8).
Ela também lembrou que o projeto é parte do Plano de Reabilitação do Centro, definido pelo prefeito Pedro Bigardi e que envolve inúmeras ações.
O aspecto mais visível dessas experiências do projeto ocorreu na oficina “Cultivando Jundiaí”, realizada por voluntários na tarde de sábado (8), que instalou mudas de árvores e de plantas aromáticas em vasos no calçadão e também em espaços previstos nos bancos criados em uma oficina anterior de Marcenaria Urbana e instalados na rua Barão de Jundiaí em frente ao Solar do Barão, ao antigo Cine Ipiranga e à Casa da Cultura. E, até em um inédito “banchorta”, mistura de banco com prateleiras de horta.
Em outra frente, na tarde dessa sexta-feira (7), a oficina “Jundiahy Centro Histórico Interfluvial” usou a noção decentro histórico ampliado até as várzeas dos rios Jundiaí, Guapeva e Córrego do Mato para envolver os participantes no levantamento detrechos exclusivos para pedestres como escadarias, calçadões, vielas, passarelas ou passagens sobre os trilhos que não constam em mapas oficiais. A dinâmica usou a imaginação dos espaços até as águas e de áreas de influência surgidas ao longo de 150 anos de elevação à cidade, 360 anos de elevação à vila colonial e 400 anos de estimativa de povoação indicada na bandeira municipal.
Outra oficina conectada foi a chamada“Circuito Cultural Jundiaí”, na manhã de sábado (8). Surgiu a partir de uma iniciativa coletiva que já apontou mais de uma centena de atividades criativas e culturais entre lugares históricos e espaços de design, teatro, música, artes plásticas, artes corporais, moda, gastronomia, arquitetura, paisagismo, ofícios, patrimônio, clubes e outras. E muitas vezes próximos entre si, formando algo como zonas criativas. Um trajeto de caminhada, para observação direta desse processo social foi realizada do Largo da Matriz até a região do Largo do Chafariz e antiga Rua da Palha.
A coordenação das oficinas foi feita pelo sociólogo e jornalista José Arnaldo de Oliveira (“Jundiahy Centro Histórico Interfluvial”), a partir de pesquisas feitas desde 2009 no portal Jundiahy; pelo músico Daniel Motta (“Circuito Cultural Jundiaí”), a partir dos debates feitos no coletivo Territórios Culturais; e pelo estudante de arquitetura Pedro Paulino (“Cultivando Jundiaí”), monitor do contêiner-oficina e do coletivo homônimo recém-criado. A iniciativa contou com a cessão de mudas pelo Viveiro Municipal na Unidade de Desenvolvimento Ambiental (Unidam).