da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
Depois de diversos avanços, o Jardim Botânico deixou o enquadramento provisório na categoria C que mantinha desde 2012 e adquiriu o seu registro e enquadramento na categoria B após análise da Comissão Nacional de Jardins Botânicos, do Ministério do Meio Ambiente. Com a medida, o órgão da Prefeitura de Jundiaí ganha mais respaldo institucional para novas parcerias e programas.
Entre os 14 quesitos considerados na avaliação estão aspectos importantes como a pesquisa científica, a coleta e armazenamento de sementes, a educação ambiental aplicada à conservação e as coleções de plantas. O local conta atualmente com uma estimativa de 815 espécies entre plantas ornamentais, aromáticas, medicinais, suculentas, cactáceas, palmeiras e árvores.
“Isso mostra que houve uma evolução e o realinhamento de ações. Isso fez com que conseguíssemos avançar”, comentou o secretário de Serviços Públicos, pasta responsável pelo local, Aguinaldo Leite. Para ele, aclassificação é um estímulo para chegar à categoria A, hoje dada a Botânicos como o do Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, Recife e Perto Alegre. “Estamos em processo constante de evolução.”
A nova classificação trouxe à cidade o presidente da Rede Brasileira de Jardins Botânicos, João Neves. Ele explicou que no Brasil existem 86 instituições desse tipo. Associadas à Rede são 56 e apenas 25 contam com registro dentro dos enquadramentos propostos.
Para ele, não deve demorar para que Jundiaí chegue à categoria A, que determina 16 quesitos. Entre eles, ter um banco germoplasma (de reserva genética das plantas), programas de extensão e cursos para o público externo e a publicação de uma revista científica.
“O Jardim Botânico é um museu de plantas, um banco de vida. Mostra o valor multicultural das plantas”, destacou João. Segundo ele, a nova categoria ocupada pelo Botânico jundiaiense é motivo de orgulho. “Mostra que o trabalho desenvolvido aqui é especializado. Essa área começa a atingir maturidade com seus 10 anos de vida.”
De acordo com o diretor da instituição, o engenheiro agrônomo Renato Steck, e o engenheiro florestal Thiago Pinto Pires,alguns dos resultados mais importantes considerados na avaliação são pouco conhecidos pelo público em geral.
O Jardim Botânico de Jundiaí recebe pelo menos três mil estudantes da cidade e da região a cada ano em visitas monitoradas por estagiários do programa de educação ambiental, em parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) e reforço de orientação do Centro de Referência de Educação Ambiental (CREAM), ligado à Secretaria de Educação.
O fluxo mensal de visitantes também é de três mil pessoas, o que contabiliza cerca de 140 mil visitantes por ano.
Uma característica nessa área está na valorização do saber científico e também do saber popular, visando mostrar o uso sustentável de diversas espécies presentes no local e até mesmo conhecimentos ancestrais acumulados sobre elas. Os jardins temáticos e as coleções de plantas colaboram nesse sentido.
Outro aspecto está nas pesquisas. Esse trabalho é realizado em fragmentos de vegetação, como ocorreu com o pequeno trecho de Cerrado alvo de levantamentos na região do Residencial Jundiaí, na zona oeste da cidade, com registro florístico das espécies presentes nesses locais.
A expectativa para o futuro, com o reconhecimento institucional, é o estudo de parcerias em programas nacionais voltados para a pesquisa sobre espécies da flora brasileira e regional ameaçadas de extinção, colaborando com as políticas públicas de conservação do meio ambiente.
Quer visitar?
O Jardim Botânico tem duas portarias. Uma na avenida Navarro de Andrade, 120; e a outra na Avenida Antônio Frederico Ozanan, 6400. As visitas podem ser feitas todos os dias, das 8h às 18h.