da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
Um lugar para muito estudo e novas descobertas. Assim foi a primeira semana de uso do laboratório recém-equipado no Centro de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, o Geresol. Uma equipe da Secretaria de Serviços Públicos concluiu nesta sexta-feira (31) os primeiros passos de um treinamento que seguirá no cotidiano de trabalho no local.
Entre os profissionais que acompanham esses alunos estão o professor da Universidade de Braunschweig (da Alemanha), engenheiro civil, especialista em gestão e tecnologia, Kai Munich, e a engenheira e advogada, coordenadora da Universidade e do Instituto Creed no Brasil, Christiane Pereira. Os alunos receberam ainda a microbiologista e professora da PUC-Rio de Janeiro, Simone Dealtry, que fez doutorado na universidade alemã.
Para Simone, Jundiaí caminha a passos largos na questão do tratamento dos resíduos. “Fiquei impressionada com toda a estrutura do laboratório e do Geresol, Parece uma ‘mini’ Alemanha. A cidade tem tudo para ser referência e modelo para a América Latina.”
Ela destaca que o olhar da administração para a questão faz a diferença. “É importante ter um tratamento alternativo para os resíduos e não jogá-los em aterro. Além disso, investir em conhecimento e passa-lo adiante é muito importante.”
O investimento no laboratório, realizado pela Universidade, é de 80 mil euros. São cerca de 25 equipamentos, que serão usados para a análise do material tratado na leira e no contêiner, tecnologias alemãs de tratamento aerobio de resíduos em teste no Geresol; além de resíduo bruto, como o Combustível Derivado de Resíduo (CDR); frações orgânicas estabilizadas; biomassa; biogás; entre outros.
Capacidade
Além de aprender a operar e saber do potencial de cada tecnologia, o grupo também está acompanhando a montagem desses equipamentos. “Jundiaí está buscando a melhoria da gestão dos resíduos. A ideia é identificar quais são essas novas tecnologias e adaptá-las à realidade do município”, destacou Christiane.
O professor Kai falou sobre a capacidade do laboratório. “É um espaço moderno que permite a verificação do resíduo fresco e também dos subprodutos gerados a partir das tecnologias usadas. Na questão das análises de formação de gás em 21 dias a partir de resíduos orgânicos domiciliares, o laboratório é inédito no Brasil.”
Para o secretário de Serviços Públicos, Aguinaldo Leite, o município se prepara para conquistar uma nova realidade na questão de tratamento e análise dos resíduos sólidos. Segundo ele, o grande legado, além de ter uma cidade preparada para atender a Política Nacional de Resíduos Sólidos, é contar com servidores capacitados para isso.
Na turma em treinamento, há comissionados e concursados. “Isso permite que o tratamento dos resíduos seja uma política de Estado. Independente da questão política, com esses servidores treinados, ela irá se perpetuar e crescer na cidade.”