Centro histórico recebe ‘acupuntura’ de estudantes

30/7/2015 - Jundiaí - SP

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí

Uma ação voltada para estudantes redescobrirem a cidade continuou nessa terça-feira (28), na segunda etapa da metodologia chamada “acupuntura urbana”, que envolve estudantes da Emeb Rotary Club em três encontros no Centro Histórico de Jundiaí. E esse projeto piloto, parte do projeto maior Urbanismo Caminhável, mostrou que o tempo acumulado de mais de 360 anos dessa área da cidade não tem uma referência única para quem caminha por ela, mas também variações diversas e subjetivas para cada pessoa.

“São diversos focos que se encontram”, comentou a educadora Claudete Formis, coordenadora do Núcleo de Educação Socioambiental da Secretaria de Educação. A pasta foi parceira da Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente nas atividades com estudantes e também paracompartilhamento de metodologias dos convidados do projeto, viabilizado como contrapartida de um empreendimendo privado.

Os três encontros, abertos com uma experiência inusitada em que estudantes visitaram a praça com os olhos vendados para perceber ruídos, texturas ou aromas, tiveram nessa segunda etapa algumas caminhadas em grupos com pontos de referência da área. E, ao lado das datas e histórias de cada lugar, também surgiram surpresas como pessoas que falam em lendas urbanas (como do fantasma do Conde do Parnaíba na escola estadual, tombada pelo patrimônio, que leva seu nome).

“Nessa intervenção, trouxemos um pouco das linhas de trabalho que chamamos de ocupativações e demapeamentos afetivos, que fazem parte de um trabalho ao lado de transformações urbanas”, explicou a arquiteta Renata Minerbo Strengerowski, orientadora da oficina de Acupuntura Urbana, junto da arquiteta portuguesa Inês Fernandes.

Os estudantes, de 8º e 9º ano da EMEB Rotary Club, na faixa etária de 14 e 15 anos, gostaram do trabalho em grupos. Muitos descobriram no modelo da escola Conde do Parnaíba, situada ao lado de outro marco central que é o antigo mercadão, que sediou a primeira Festa da Uva e depois transformou-se no Centro das Artes (em fase de reformas), uma possibilidade interessante para ingressar no ensino médio, em tempo integral, na região central.

Uma observação curiosa nessas atividades é o fato de que, mesmo com parte de estudantes atuais passando um bom tempo com seus pais em shopping centers e outra parte buscando lojas populares, a retomada de espaços públicos para os pedestres também é algo a ser reaprendido pelos adultos.

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