da assessoria de imprensa da prefeitura de Jundiaí
Quando as cortinas de um teatro se abrem não são apenas os atores e a interpretação que estão em cena. Cenário e figurino têm igual importância e precisam estar em sintonia com todo o conjunto para conseguir levar o público à viagem proposta pelo espetáculo.
Com o objetivo de oferecer adequados cenário, figurino e adereços para a peça “Lúdico Circo de Memória” – montagem dirigida por Tiche Vianna, que será apresentada em junho pelo Corpo Estável de Teatro nas comemorações do centenário do Polytheama – a Secretaria de Cultura desenvolve, desde agosto de 2010, a Oficina de Cenografia, que tem à frente a cenógrafa , figurinista e aderecista jundiaiense Juliana Fernandes, que ganhou o Prêmio Shell de Teatro 2006, de melhor figurino pelo trabalho em “A Pedra do Reino”, de Antunes Filho e o Mapa Cultural Paulista de 2009 na mesma categoria.
A oficina, gratuita, é realizada três vezes por semana no Centro das Artes e conta com 14 alunos, que trabalham junto com Juliana no projeto para a peça que tem o texto de Luis Alberto de Abreu. “Uma vez por semana nos reunimos com a Tiche e os atores para conversarmos sobre a peça. Já fizemos a leitura do texto para captar e entender mais o universo na mente dos artistas. A partir de agora começamos a trabalhar na proposta que será apresenta para o Corpo Estável”, explicou a cenógrafa.
Para desenvolver o projeto e definir os espaços a serem utilizados pelo cenário, Juliana produziu uma maquete do Polytheama. “Com essa miniatura podemos visualizar melhor as áreas como palco, corredores, cadeiras, platéia e conseguir transformar o teatro no espaço cênico que será montado”, comentou Juliana.
Na oficina os alunos não só aprendem como produzir os adereços, figurinos e cenários, eles também participam de todas as fases do projeto e não ficam somente nos bastidores. Os encontros com a direção e atores não são realizados somente pela cenógrafa Juliana. “Os alunos participam de todas as etapas, o que é um diferencial de muitas oficinas de cenografia. Esse é um projeto piloto. O objetivo é que eles tenham contato com todas as etapas do processo de cenografia e figurino, desde as reuniões, até montagem da proposta, orçamento até a produção dos materiais.”, afirmou.
Para a figurinista e aluna da oficina, Eduarda Globekner Ohoe, o contato com o corpo estável é de extrema importância. “A maioria dos projetos que desenvolvi com figurinos foi sozinha. Essa experiência de trabalhar em equipe e diretamente com os artistas da montagem promove um ótimo intercâmbio e aprendizado para todos, pois as soluções para os problemas são encontradas com mais agilidade. Estou aprendendo muito com a oficina”, disse a aluna.
Além da gratuidade e contato com direção e atores da montagem, a Oficina da Secretaria de Cultura também se destaca por colocar a área de figurino e cenografia mais próxima da população. "Sou jundiaiense e há muito tempo não trabalho no município, pois as oportunidades são muito escassas. Estou muito feliz por trabalhar na minha cidade e principalmente pela iniciativa ser do poder público. Esse é um momento histórico para a divulgação do nosso trabalho, que não se restringe somente aos palcos, mas também abrange um universo mais amplo como festas, eventos corporativos e muitos outros. Espero que esse projeto seja o primeiro de muitos outros", concluiu a premiada cenógrafa jundiaiense.