Plano Diretor abre fase de construção do futuro

1/6/2015 - Jundiaí - SP

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí

Com mais de 700 participantes no 1º Fórum do Plano Diretor Participativo realizado nesse sábado (30), o processo de definição do território do município de Jundiaí para os próximos dez anos entra em sua etapa decisiva com a abertura de envio de propostas até 17 de junho. Nesta etapa, as sugestões de moradores, grupos e entidades locais vão reforçar a proposta a ser elaborada pelo governo a partir das mais de 8 mil colaborações feitas até o momento e que será avaliada no 2º Fórum do Plano Diretor Participativo, previsto para o fim do mês.

O formulário estará disponível nos próximos dias no portal do Plano Diretor e também na sala do Plano Diretor, na ala sul do 5º andar do Paço Municipal.

Outro material que está sendo formatado para o portal subsidiar a participação dos moradores de Jundiaí é odiagnóstico (ou interpretação) mostrada durante o fórum pelo consultor Anderson Kazuo Nakano, especialista em cidades, a partir dos dados técnicos levantados por todas as secretarias e órgãos de governo.

“A adesão ao fórum mostrou que essa construção participativa é possível e enriquecedora para todos”, afirmou a secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Camara Sutti.

Mitos desmontados
O levantamento mostrado na primeira parte do fórum, no período da manhã, superou alguns mitos populares a respeito da cidade. Entre eles o mito da fartura de água (em 2014 houve coleta de água do rio Atibaia durante todos os dias do ano e a represa local acumula reservas para apenas dois meses) ou o mito da cidade-dormitório (também em 2014 o número de viagens diárias para trabalho ou estudo de outras cidades para Jundiaí alcançou dezenas de milhares contra poucos moradores trabalhando em São Paulo, por exemplo).

Os números também mostram que é um mito a noção de que a área urbana precisa avançar sobre as zonas rurais ou ecológicas diante do enorme número de terrenos grandes e médios que estão vazios em áreas que contam com infraestrutura de transporte, eletricidade, saneamento e serviços. E também é outro mito a noção de que os jundiaienses só se locomovem com automóveis diante de dados sobre transporte coletivo ou mesmo exclusivamente a pé (20%), sendo baixo o uso de ciclovias pela falta destas.

Os dados serão disponibilizados durante a Semana do Meio Ambiente no portal do Plano Diretor.

Premissas
Para o prefeito Pedro Bigardi, existem questões centrais que devem ser valorizadas no processo do Plano Diretor Participativo como Jundiaí estar localizada em uma grande região que é a mais desenvolvida do país (e por esse motivo pede a busca da distribuição da riqueza e de serviços) mas que também lida com escassez de água (e por isso com a conservação da Serra do Japi e das áreas rurais e de mananciais) e com uma longa história que exige a preservação de seu patrimônio histórico e cultural.

Para isso, o processo trabalha com objetivos que foram tratados de forma experimental no fórum, durante o período da tarde, que são a preservação e recuperação de ecossistemas naturais e hídricos, o fortalecimento da base econômica local, a proteção de bens de interesse histórico e cultural, a regulação do uso e ocupação do solo e da produção imobiliária, a melhoria de acessibilidade e mobilidade, o aproveitamento de imóveis ociosos em áreas urbanas consolidadas, a provisão habitacional de interesse social, a contenção do crescimento urbano disperso, a melhoria das condições urbanas dos bairros (microcentralidades), a promoção do desenvolvimento rural, a regularização fundiária e a democratização da gestão territorial e de planejamento.

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