Museu Histórico e Cultural comemora 50 anos

17/3/2015 - Jundiaí - SP

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí

O Museu Histórico e Cultural de Jundiaí completa 50 anos de fundação no sábado (28). O cinquentenário da criação oficial de um dos mais tradicionais museus da região traz uma série de três reportagens que abordam sua origem, acervos, ações educativas e de difusão cultural.

O Museu Histórico e Cultural de Jundiaí compreende atualmente os seguintes equipamentos culturais: o Museu Histórico Solar do Barão, a Pinacoteca Diógenes Duarte Paes e o Centro de Memória de Jundiaí, além da Galeria de Arte Pública de Jundiaí G9.

“É um grande desafio levar para as próximas gerações todo o rico acervo que guarda o Museu. São pinturas, esculturas e documentos que guardam boa parte da memória da cidade e que buscamos conservar conforme todas as recomendações técnicas”, destaca o diretor Edgar Borges.

Visitar o Museu é mergulhar numa verdadeira viagem no tempo. Um resgate da história, da tradição, da cultura e das origens. A inauguração oficial estabeleceu-se precisamente em 28 de março de 1965, dez anos depois de sua criação pela Lei nº 406, de 10 de junho de 1955. Inicialmente caracterizava-se mais como um museu de história natural, mas ao longo do tempo a dinâmica mudou, tornando-o cada vez mais presente na memória afetiva de diferentes gerações.

Seu organizador e primeiro orientador foi o Padre Antônio Maria Stafuzza. O primeiro prédio onde funcionou o Museu ficava no Parque Comendador Antonio Carbonari, o popular Parque da Uva, que também passou por mudanças desde então. Alexandre Oliveira, historiador e educador no Museu, lembra o perfil empreendedor do padre Stafuzza, que contou na época com a participação de figuras importantes na cidade, reconhecidas pelo trabalho e talento prestados nas áreas de educação, arte e cultura, entre eles os historiadores Alceu de Toledo Pontes, Aldo Cipolato e Nelson Foot, além de outros nomes importantes para a história local, incluindo Francisco de Mateus, João Muraro, Romeu Peliciari e Benedito de Paula Certain.

“O padre Stafuzza, desde aquela época, já revelava seus ideais contra todo monopólio da ciência, da história e da cultura, de Jundiaí ou do Brasil”, reforça Alexandre, fazendo uma referência às palavras do fundador, responsável pela concretização do Museu. A casa, na rua Barão de Jundiaí, onde o museu passou a funcionar a partir de 1982, foi o primeiro edifício tombado do Estado de São Paulo, lembra o historiador.

O espaço 
Tombado em 1970, o casarão onde funciona o Museu fica no coração de Jundiaí, na área central. Mantém originais sua estrutura e afrescos internos, incluindo pisos, portas e janelas. Foi construído possivelmente no final do século 18 e início do 19. A data exposta atualmente na placa localizada na entrada do prédio remonta ao ano de 1862, quando ocorreu uma reforma na casa, devido ao casamento de uma das filhas do barão.

Nas diversas salas do imóvel, que foi residência do barão, por isso também conhecido como Solar do Barão, o visitante pode apreciar três espaços expositivos. A organização do Museu conta, no momento, com umaexposição de longa duração, que aborda a história da cidade e região. Outra de média duração, com exposições que ficam de três a quatro meses, e um terceiro espaço em curto período, de 30 a 40 dias. “A ideia, com essas três opções de diferentes períodos de duração, é oxigenar o espaço, sempre atraindo novos públicos”, diz Alexandre.

Atualmente está em exibição a exposição “Brinquedos e Brincadeiras”, de média duração, desde o início de fevereiro até a primeira quinzena de maio, com brinquedos a partir da década de 50 até os anos 90. Já a exposição de curta duração atual tem como foco o patrimônio arqueológico em Jundiaí e tem como título “Patrimônio Cultural de Jundiaí: Presente e Passado”.

“O Museu busca oferecer exposições bastante variadas, com temas de diversos tempos, desde o passado mais remoto da cidade como também assuntos contemporâneos que buscam fazer o cidadão interagir e refletir sobre toda essa história de Jundiaí. O Solar também recebe apresentações culturais de muitas escolas da cidade e seu auditório é bastante usado para debates, palestras e pequenos shows, bem como o seu famoso jardim é muito frequentado pela população que está no Centro de Jundiaí e pelos trabalhadores do comércio local para momentos de descanso e fruição”, assinala o diretor.

O jardim é um cenário à parte, ideal para o descanso, leitura e lazer, uma opção agradável para os visitantes que buscam momentos de tranquilidade, principalmente no horário pós-almoço. “O Museu é um dos espaços culturais mais visitados na cidade e região, por conta do acervo e da importância do prédio onde funciona, tendo a seu favor a entrada gratuita e facilidade de acesso, além das visitas agendadas para grupos, através de contato com o setor educativo”, reforça o historiador e educador.

A próxima reportagem dessa série de entrevistas focará a trajetória dos acervos do Museu Histórico e Cultural de Jundiaí, destacando também a Pinacoteca Diógenes Duarte e o Centro de Memória de Jundiaí.

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