da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
Um encontro para definir o plano que coloca a bicicleta como um modo de transporte em Jundiaí marcou a criação do novo Grupo de Estudos a Projetos Cicloviários, formado por técnicos das secretarias de Planejamento e Meio Ambiente, Transportes e Obras.
A equipe, prevista neste ano pelo decreto 25.540, foi nomeada pelo prefeito Pedro Bigardi na quarta-feira (11) e tem como meta o plano municipal, a infraestrutura, a mudança de cultura, os estacionamentos e, no futuro, a bicicleta pública.
“Teremos um grande desafio pela frente”, afirmou o secretário de Transportes, Wilson Folgozi, explicando que as ciclovias serão parte do conceito chamado ‘Circula Jundiaí’ – que já inclui o transporte coletivo e o transporte adaptado, por exemplo.
Para a secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Camara Sutti, que estuda a inclusão do pedestre nesse conceito, o passo dado é muito importante. “Nossos técnicos estão fazendo um grande trabalho de levantamento e queremos chegar a diretrizes que coloquem esse meio de mobilidade nos planos públicos e privados”, diz.
Ponto de partida
Nos últimos anos, apenas 6 km de ciclovias foram criados para mobilidade (na avenida Antonio Pincinato e na avenida Caetano Gornatti, recém-inaugurada), além daquelas de lazer nos parques Botânico, da Cidade e Tulipas.
O trabalho visa multiplicar inicialmente esse número por cinco, chegando rapidamente aos 30 km de ciclovias. Os projetos prioritários estão sendo detalhados em diversos bairros da cidade e incluem a adaptação de projetos em andamento da própria Prefeitura e também negociações de contrapartidas de empreendimentos (EIV).
Em um prazo mais longo, uma análise eleva essa estimativa para 100 km, incluindo 25 km de rotas secundárias nos próximos anos.
Integração
No aspecto das bicicletas serem vistas como um modal de transporte, o trabalho mostra que esse foco está colocado em projetos como do BRT (ônibus de trânsito rápido), que prevê bicicletários nos terminais como da Colônia e da Vila Arens, para onde segue a ciclovia antes que os ônibus sigam para o Centro.
Mas a presença de espaços para as bicicletas foi antecipada por movimentos do Pedala Jundiaí e da Bicicletada, grupos de cidadãos que recolheram doações para 118 aparelhos chamados “paraciclos” (de fixação de bicicletas estacionadas na rua), sendo 70 deles junto a terminais de ônibus. A definição exata dos locais está na fase final para a implantação a partir das próximas semanas até o fim do ano.
Novo olhar
A valorização da bicicleta nos aspectos de mobilidade, meio ambiente e saúde, de acordo com o grupo técnico, vai exigir ações como um seminário ou cursos de capacitação interna, campanhas públicas e eventos esportivos, educacionais e culturais.
Uma das propostas surgidas na reunião foi o resgate da história do uso desse meio em Jundiaí e dos enormes bicicletários das indústrias ao longo do século 20, em parceria com o setor de Cultura. O futuro também foi lembrado pelos participantes, que citaram a normatização federal do uso das bicicletas elétricas (com limite baixo de velocidade) nas ciclovias.
“Embora o grupo tenha sido oficializado agora, o trabalho começou em novembro do ano passado e é impressionante o levantamento feito de projetos em estágio de desenvolvimento, em estado avançado ou ainda em estudo que podem balizar as decisões de governo nesse tema”, destacou Daniela.
Ainda em 2015 o Plano Municipal Cicloviário será discutido em reuniões com a comunidade e integrado ao Plano Diretor Participativo.
Nesse contexto, os moradores devem começar em breve a encontrar o logotipo de “Circula Jundiaí – Ciclovias” em diversos pontos da cidade. Outros mecanismos usados em cidades e países, como zonas de modais mistos e bicicletas públicas, seguirão em aprofundamento de estudos posteriores no setor.