da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
Depois de um intenso trabalho técnico, a Prefeitura de Jundiaí levou nesta terça-feira (10) ao Governo Federal, em Brasília, um estudo com três propostas alternativas ao traçado previsto para a linha de transmissão do consórcio das empresas estatais Copel e Furnas, que ameaça a atividade vitícola de diversas pequenas propriedades rurais no histórico bairro do Traviú.
O alerta dado durante audiência pública no dia 27 de janeiro motivou o convite feito pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e responsável pelo licenciamento.
“O trabalho das nossas equipes técnicas envolveu tanto o uso de mapeamento por satélite quanto as visitas de campo, com imagens mostrando a diferença entre as áreas de cultivo e esses ajustes de traçado”, explicou a secretária Daniela da Camara Sutti, de Planejamento e Meio Ambiente.
As equipes citadas são de licenciamento ambiental e de agronegócio, esta vinculada à Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente. Para o secretário Marcos Brunholi, esse esforço faz todo o sentido.
“A maior preocupação do consórcio responsável era desviar de aglomerações urbanas, sem atentar para a importância do setor rural. O Traviú é um dos nossos bairros históricos nesse sentido e hoje não é mais possível encontrar novas áreas na cidade para quem está nesse ramo”, afirma Brunholi.
Com o nome fantasia de Mata Santa Genebra (MSG) o consórcio começou a demarcar propriedades no bairro em agosto de 2014 e as reclamações levaram a Prefeitura a solicitar uma reunião em setembro.
Com poucas audiências públicas ao longo de seus 882 quilômetros de extensão, o processo ganhou uma audiência extraordinária no local pela intervenção da Prefeitura de Jundiaí e Associação de Amigos do Traviú com o Ministério Público Federal e Ibama. Somente então o traçado em escala detalhada foi trazido para a cidade.
Com esses dados, em menos de duas semanas uma equipe técnica de sete profissionais da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Turismo e da Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente desenvolveram os estudos de três traçados alternativos definidos por mapa e por fotos, com pequena variação sobre o original em extensão.
“É importante informar que o traçado apresentado pela MSG – Mata de Santa Genebra Transmissão S/A, no trecho em que passa pelos bairros do Currupira, Fernandes, Traviú e Bom Jardim, estão inseridos no Município de Jundiaí, Estado de São Paulo, sendo áreas com extrema aptidão agrícola onde predomina mão de obra familiar”, destaca o trabalho.
Estiveram envolvidos no levantamento os servidores, em ordem alfabética, Alexandre Torricelli do Amaral (Departamento de Planejamento), Ana Maria Martins Rufino Pinto Pires (Chefe de Licenciamento Ambiental), Erich de Castro Dias (Departamento de Meio Ambiente), Maria Helena Flávio de Souza Tiraboschi (Departamento de Meio Ambiente), Mariana Heloisa Rodrigues Andretta (Departamento de Agronegócios), Sérgio Mesquita Pompermaier (Departamento de Agronegócios) e Vitor César Martins (Departamento de Meio Ambiente).
Esse foi o trabalho levado ao setor de licenciamento ambiental do IBAMA, em Brasília, por três representantes técnicos liderados pela diretora de agronegócio, Mariana Andretta. O material será analisado agora pelos órgãos federais.