Audiência pública vai discutir ‘linhão elétrico’ no Traviú

27/1/2015 - Jundiaí - SP

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí

Com intervenção da Prefeitura de Jundiaí junto ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), o bairro do Traviú recebe nesta terça-feira (27), a partir das 18h30, uma audiência pública adicional sobre os impactos ambientais de uma nova linha de transmissão elétrica de alta tensão das empresas estatais Copel e Furnas. A reunião está marcada para a sede daAssociação de Amigos de Bairro do Traviú (AVA), na rua Luiz Carbonari, número 100.

“Os estudos deles não consideraram que a obra inviabiliza o cultivo de uva em uma faixa contínua de 70 metros abaixo da linha. Por esse motivo, nos mobilizamos desde que começaram a instalar piquetes em sítios sem nem mesmo comunicar a cidade e os moradores, no segundo semestre do ano passado”, explica o secretário de Agricultura, Abastecimento e Turismo, Marcos Brunholi.

A audiência será realizada pelo Ibama, pelo consórcio das estatais, denominado Mata Santa Genebra (sem relação com a unidade ambiental de mesmo nome) e pela empresa de engenharia Concremat, contratada pelo consórcio para a elaboração do estudo de impacto ambiental.

História
Um dos motivos que levaram a Prefeitura de Jundiaí a pressionar pela audiência pública é que o bairro rural do Traviú, fundado por imigrantes italianos no final dos anos 1800, foi um dos centros de evolução da uva Niágara Rosada na década de 1930. A região manteve boa parte das características, mesmo com a intensa pressão imobiliária metropolitana, no século 21.

“Além de aspectos como o turismo rural, nossa preocupação é com o respeito ao esforço dos moradores de preservar esse patrimônio e encontrar a melhor solução possível”, afirma a secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Camara Sutti.

Alguns produtores rurais da localidade temem que os sítios menores possam ser inviabilizados pela faixa linear, especialmente aqueles já afetados por outro linhão da década de 1970. O projeto, aprovado em leilão federal de novembro de 2013, tem extensão de 882 quilômetros entre Campo Largo (PR) e Atibaia (SP), com extensão até Araraquara.

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