da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
Uma das grandes especialistas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Marise Campos de Souza, é a atração desta semana no auditório da Biblioteca Municipal Professor Nelson Foot, no Complexo Argos. Ela vai mostrar as experiências de arqueologia e conservação de patrimônios em diversos lugares do País e do mundo a partir das 14 horas, nesta sexta-feira (16). A entrada é gratuita.
A iniciativa é uma parte do lado social do projeto Ações de Conservação e Restauração da Ponte Torta, implementado pela Prefeitura de Jundiaí e pelo Estúdio Sarasá.
A palestrante é uma das organizadoras de livros como “Arqueologia Preventiva”, “Patrimônio: 70 Anos em São Paulo” e “Normas e Gerenciamento do Patrimônio Arqueológico”, entre outros.
Graduada em Portugal pela Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro, Marise definiu as preocupações com os bens coletivos de uma maneira bastante clara em sua tese de doutorado. “O patrimônio cultural é vulnerável. Está constantemente ameaçado, seja pelo processo de deterioração natural decorrente da ação do tempo, pelo fenômeno da globalização que propicia a uniformização cultural dos valores e comportamentos, pela atuação das relações econômicas e sociais ou pelo risco relacionado às atividades humanas”, afirmou.
E prosseguiu lembrando que “esses conjuntos de fatores favorecem problemas de toda ordem; de natureza cientifica, técnica, financeira, política, e determinam a necessidade de escolhas culturais”. Para ela, a necessidade de garantir a difusão do saber e assegurar a identificação, proteção, conservação, valorização e transmissão do patrimônio cultural às gerações futuras parecem evidentes. “Entretanto, a proteção de tal patrimônio tem se mostrado às vezes inadequada devido à insuficiência de recursos econômicos e à diversidade de elementos que devem ser avaliados para uma intervenção técnico-científica de salvaguarda dos bens.”
Para quem imagina que esse assunto é restrito a bancos de faculdade, ela pode contar até mesmo das parcerias firmadas entre o Iphan e a polícia internacional (Interpol) na recuperação de bens desaparecidos. A participação é aberta a todos os interessados.
“Tivemos a presença de técnicos, estudantes e moradores preocupados com esse tema, e os eventos seguem abertos para todos os interessados”, destaca Daniela Colagrossi, da Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente.
Mais eventos
O projeto realiza novos encontros no mesmo local e horário sobre conservação preventiva na sexta-feira (23) e história e patrimônio na sexta-feira (30), sempre com espaço aberto para a gravação de depoimentos de moradores.
Neste mês de janeiro haverá também oficinas educativas para crianças, adolescentes e adultos. A primeira delas ocorre no Jardim Novo Horizonte, na Estrada Municipal do Varjão, 2.210, no sábado (24), das 10h às 13h. A segunda será na 32ª Festa da Uva de Jundiaí no sábado (31 de janeiro), das 15h às 19h, com repeteco no sábado (1º de fevereiro) das 12h às 16h.