da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
Duas estreias marcaram a quarta-feira, dia 30 de julho, em Jundiaí. Primeiro, a novidade brindou os moradores da região do Eloy Chaves, que não se intimidaram com a noite fria e lotaram a inauguração do varejão noturno – o terceiro na cidade – instalado na rua Carlos Veiga, próximo à Praça das Mães, em mais uma iniciativa da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Turismo. A outra ficou por conta do feirante Jaime da Silva, que, junto com o varejão, dava seu primeiro passo como permissionário na cidade.
Aos 33 anos, o feirante comercializa 17 tipos de frutas em sua banca. O carro-chefe são as bananas (com 5 variedades diferentes) e a laranja. E os preços estão bem saborosos. “O quilo da banana nanica sai por R$ 2,59 e a banana prata custa R$ 3,99 o quilo. Já a laranja eu vendo o fardo com 15 por R$ 3. O cliente ainda pode levar a dúzia por R$ 2”, garante em tom de oferta.
Mais barato
Após consultar os mesmos itens em três redes de supermercados da cidade, a diferença do quilo da banana nanica varia entre 25% e 35% a mais em relação aos valores praticados na banca de frutas do Jaime. O preço da banana prata fica entre 20 a 25% mais salgado e o preço da laranja pode ser até 50% mais caro.
“Em apenas duas edições do varejão noturno no Eloy, vendi mais de 60 caixas de frutas. O movimento está ótimo e todos estão bastante otimistas quanto às vendas”, garante o feirante, que já trabalhou em outras feiras e varejões “que não tinham o mesmo fluxo de gente”. Quem divide a empolgação – e o trabalho – com Jaime é a mulher dele, Elaine.
Segundo dados obtidos junto aos permissionários, os negócios aumentaram entre 50% e 60% nos últimos anos. Com 32 bancas, o varejão noturno do Parque Eloy Chaves funciona toda quarta-feira, das 18h às 22h.
Perto de casa
Moradora do Eloy Chaves desde 1990, Mauresete Estela Mantovani teve de encarar uma cirurgia há cerca de um mês. Após a retirada da vesícula, conta a moradora, o médico foi categórico: ela teria de banir as frituras e adotar uma dieta mais saudável e balanceada, pautada em frutas, verduras e legumes.
“Estou seguindo à risca. Já sinto algumas mudanças positivas e mais qualidade de vida, mais disposição. Foi uma ótima ideia o varejão aqui no bairro, que fica bem ao lado da minha casa. Agora, compro frutas e legumes para minha dieta no varejão. Os preços estão mais baratos que nas feiras tradicionais de sábado.”
Para Mauresete, que já voltou ao trabalho como assistente administrativa, o horário diferenciado é outro ponto importante. “Gostei muito de tudo o que vi, inclusive dos artesanatos”, garante.
Vizinha dela, a cabeleireira Renata Facione, 35 anos, vai em “comitiva” ao varejão. “Toda a família vai junta”, conta, ao dizer que esteve presente nas duas primeiras edições e que, agora, pretende experimentar o acarajé. “O que eu mais gosto é encontrar gente que fazia tempo que não via. Virou um grande ponto de encontro dos moradores do bairro”, acredita ela, que há 34 anos mora no Eloy.
Varejão feito à mão
Uma novidade do varejão noturno do Eloy Chaves é a presença dos artesãos do programa “Jundiaí feito à Mão”, também da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Turismo, que agrega todos os artistas da cidade, no intuito de aumentar a visibilidade e os negócios da categoria.
“Estou adorando o varejão do Eloy, as vendas estão ótimas, superando, e muito, minhas expectativas. O ponto é bem localizado e as pessoas estão muito animadas com a novidade”, garante a artesã Mirian Fernandes, de 55 anos, “artesã por toda vida”, como se autodefine. Em seu espaço pode-se encontrar grande variedade de patchwork, técnica que emenda pedaços de tecidos e feltro em sobreposições, resultando em peças de visual único.
Depois de ingressar no programa da Prefeitura, o artesanato deixou de ser uma atividade complementar para ser o carro-chefe de seu sustento. “Hoje posso dizer que vivo apenas do meu artesanato. Consegui quitar contas atrasadas e ainda tenho muitas encomendas para atender os clientes do Eloy Chaves”, celebra.