Uma visita ao Jardim Botânico marcou a manhã desta quinta-feira (29) para um grupo de moradores da Cidade Vicentina, que percorreu o local atualmente . Na ocasião, as plantas alimentícias e medicinais se encheram de histórias de tempos passados, sobre canteiros de chácaras ou de quintais, e também das pessoas que conviveram nesses lugares.
“Estou anotando muitos comentários deles, porque fazem parte de um conhecimento popular importante para nossa área”, explicou a educadora Débora Scarpinelli, do Centro de Referência em Educação Ambiental (Cream), que acompanhou o grupo.
Era difícil saber quem ensinava e quem aprendia algo no grupo. Para Lucinda Pereira da Silva, os chamados “jardins sensoriais” do Botânico remetem a muitas histórias, como os xaropes de guaco da saudosa irmã.
Entre amostras de alecrim, de hortelã, de manjericão, de boldo ou de erva-cidreira brasileira, os participantes percorreram, animados, o caminho entre o quiosque de educação ambiental e a estufa das orquídeas. De acordo com a fisioterapeuta Bruna Hamada Monteiro, esse tipo de atividade estimula a mobilidade física pela atração lúdica.
Estagiários do Botânico, como Débora Gomes, também registraram a importância da troca de conhecimentos com os visitantes. “A gente tem aulas no curso de técnico ambiental, mas esse contato é único”, destacou Débora, que estuda na escola Vasco Venchiarutti.
Atento, o visitante Pedro Correto lembrava que nasceu em 1924 para citar que o conhecimento de plantas alimentares era importante quando “tropeava” entre Bahia e Goiás. “A gente já conhecia a lenda do alecrim ser bom para o coração”, comentou. Bem perto, a cabreuvense Nair de Castro da Silva dizia preferir a erva-cidreira para acalmar os nervos.
Estímulo permanente A atividade da Cidade Vicentina faz parte do projeto-piloto “Envelhecimento Ativo”, iniciado neste ano. “Essa parceria com setores como a educação e a saúde aponta referências para que a comunidade busque também elaborar projetos adequados para valorizar seus grupos de veteranos”, comenta a coordenadora do Idoso, Cláudia Sartori.
No dia 11 de junho, um outro grupo, desta vez dentro do projeto “Eu Sou a Melhor Idade” organizado pela UBS Jardim São Camilo, também estará desenvolvendo a atividade de visitação ao Botânico como parte da visão dessa interação com a cidade.
José Arnado de Oliveira Foto: PMJ