Saúde bucal aprofunda debate sobre cáries

9/4/2014 - Jundiaí - SP

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí

O papel do flúor na água para a saúde dos dentes (e uma defesa científica contra a ameaça dos cremes dentais sem esse elemento) foi o conteúdo da aula ministrada a 120 cirurgiões dentistas e técnicos da Secretaria de Saúde nesta terça-feira (8). A aula, em parceria com a Escola de Governo e Gestão, faz parte dos preparativos finais para o levantamento epidemiológico que será iniciado este mês com a população de Jundiaí. 

“Os meios de prevenir as cáries estão entre os fatores que serão observados nessa espécie de censo de saúde”, comentou Maurício Rodolfo Ciampaglia, integrante da Coordenação de Saúde Bucal.

Livre docente, com passagens pelo mestrado e doutorado, a pesquisadora Lívia Maria Andaló Tenuta apresentou uma visão aprofundada da questão para a equipe do setor, que vai atuar no levantamento em parceria com a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

“A questão das cáries é uma das grandes doenças globais, sendo afetada por fatores biológicos e sociais. O flúor é o ponto de equilíbrio ao açúcar, muito presente em nossa sociedade. E está na água que nem precisamos beber, mas usamos para cozinhar. Ou principalmente no dentrifício, o creme dental que agora recebe a ameaça de variedades sem o flúor”, explicou.

A cariologia, como é chamada a linha de pesquisa voltada para as cáries, teve importância destacada na aula por envolver aspectos de ambientes físicos e sociais.Existe uma reação bioquímica entre a saliva e o flúor, mostrou a palestra, que é essencial para controlar o “biofilme” das placas e os danos de cáries.

Os profissionais do setor na Secretaria Municipal de Saúde aprovaram a qualidade da palestra. “Esse suporte acadêmico que estamos tendo é uma atualização importante na ampliação do setor”, afirmou Luiz Carlos Miyashiro.

Embora presente em 28 das 37 unidades de saúde nos bairros, a saúde bucal atende encaminhamentos de todas as unidades (e em algumas já conta com duplo consultório, eliminando filas). Os grupos prioritários no momento são crianças e adolescentes até 17 anos, idosos e grupos específicos como hipertensos, diabéticos e gestantes. A fluoretação da água urbana na cidade é realizada pelo DAE.

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