Crise da água é tema de ciclo de palestras

27/3/2014 - Jundiaí - SP

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí

A Prefeitura de Jundiaí participa nesta sexta-feira (28) do ciclo de palestras sobre água organizado pela Fatec e pelo Museu da Energia. O evento, que acontece no auditório da faculdade no Complexo Fepasa, vai contar com apresentações sobre a atual crise da água, o sistema de abastecimento da cidade e o sistema de tratamento de esgotos.

As apresentações começam às 13h30 e as inscrições podem ser feitas pelo site da Fatec.

“Tivemos uma falsa propaganda durante anos de que haveria água para 50 anos ou mais e isso deseducou a comunidade. A atual crise nos trouxe de volta à realidade da escassez regional e de extremos climáticos”, afirma Flávio Gramolelli Júnior, diretor de Meio Ambiente da Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente.

O evento também vai contar com apresentações de Rafael Queiroz, do Departamento de Água e Esgoto (DAE), e de Antonio Carlos dos Santos, da Companhia de Saneamento de Jundiaí (CSJ).

De acordo com Gramolelli, a disponibilidade hídrica da bacia do rio Jundiaí é de 120 metros cúbicos por habitante anuais, enquanto na bacia PCJ (dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) – que complementa a oferta na cidade pela captação no rio Atibaia – é de 450 metros cúbicos por habitante anuais. “Mas, de acordo com as Nações Unidas, o mínimo desse caso deveria ser de 1,5 mil metros cúbicos. Isso mostra nossas limitações”, diz.

Ele também lembra que em pesquisas acadêmicas de 2003 já constatava-se a queda do lençol freático de agricultores na bacia do rio Jundiaí-Mirim de 5 para 20 metros. Agora os alertas surgem também de outros lugares, como no entorno da Serra do Japi. E defende novas pesquisas (uma delas deve ser comentada pela DAE, que prepara um trabalho específico nos mananciais).

“Temos que conversar também sobre um trabalho muito forte de educação, apoiando ações em andamento de redução de perdas na rede de distribuição. E, claro, trabalhar na defesa de áreas verdes que atuam na infiltração da água para os lençóis freáticos”, comenta.

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