da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
Não dá para falar em basquete feminino de Jundiaí sem citar o nome de Lúcia Helena Scarpelli Gumerato, 57 anos. Após 41 anos ela deixou a coordenação do time do Divino/Jundiaí. Lá ela também foi jogadora, professora e técnica.
Nascida em Potirendaba (SP), Lúcia chegou em Jundiaí quando tinha apenas 15 anos para estudar e jogar no Divino, a convite do padre Olivo. “Já com 15 anos, eu tinha 1,83m e isso chamou a atenção. Vim para cá jogar e ajudava em alguns trabalhos na escola, como tesouraria e secretaria”, conta.
Títulos, ela coleciona aos montes. Pela seleção brasileira, conquistou o Mundialito, Sul-Americano, Universiade. O momento inesquecível como jogadora foi a conquista dos Jogos Abertos de 1979, em Araçatuba. Jundiaí faturou o título ao vencer Catanduva.
“A equipe adversária era muito forte, com Hortência e companhia. A festa do título já estava até preparada por Araçatuba. Elas começaram bem o jogo e depois de um tempo pedido pelo Nestor (Mostério, técnico da equipe jundiaiense), ‘entramos’ no jogo e a história inverteu. A torcida começou a mudar para o nosso lado e vencemos a partida com 11 pontos de diferença. Foi inesquecível! A (Magic) Paula fez uma cesta do meio da quadra nessa partida”, explicou.
Ela encerrou a carreira de atleta em 1988 pelo Divino e continuou na escola como professora, coordenadora e com a escolinha de basquete para alunos e crianças interessadas. “Trabalhei em todas as categorias e iniciei a escolinha no local. Só tenho boas lembranças de lá e isso não se apaga”, explicou.
No ano passado, como coordenadora do projeto, ela ficou em constante contato com o secretário de Esportes, Cristiano Lopes, por causa da parceria entre a Prefeitura de Jundiaí e o Divino Salvador. “Sempre fui muito bem recebida pelo Cristiano Lopes. Tudo o que o Divino precisou ou solicitou, como pagamento de aluguel de casa para atletas, bolsas, transporte, a Prefeitura atendeu. Tudo que foi prometido, foi cumprido.”
Lúcia comenta o fim do ciclo. “Saio de consciência limpa e com a certeza de que fiz tudo que estava ao meu alcance e com muita seriedade. O padre Divo foi meu segundo pai. Assim que soube da minha saída, o Cristiano Lopes me chamou e disse que está à disposição para tudo o que precisar. Tenho algumas coisas em vista, mas vou descansar primeiro”, lembrou.