da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
A sensação de dever cumprido, mas de que ainda há muito que se discutir tomou conta do segundo e último dia do 1º Congresso Técnico Brasil-Alemanha – Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos Urbanos, promovido pela Prefeitura de Jundiaí por meio das secretarias de Serviços Públicos e Comunicação Social nesta segunda (16) e terça (17), no Parque Comendador Antonio Carbonari (Parque da Uva).
O professor doutor da Universidade Técnica de Braunschweig, Klaus Fricke afirmou que nunca presenciou um congresso tão bem organizado. “E a eficiência do evento se potencializa quando paramos para pensar que foi organizado em um curto espaço de tempo”, afirmou, ao dizer que há seis semanas foi informado de que o governo alemão teria recursos para apoiar o congresso. Klaus é o principal articulador para que fosse firmada a parceria entre Jundiaí e a Alemanha.
Os palestrantes da Alemanha disseram, segundo Klaus, que está para acontecer uma reviravolta no Brasil nestas questões de resíduos sólidos e pediram para voltar em 2014, quando acontecerá um novo congresso na cidade.
Os dois dias de evento foram considerados pelo secretário de Serviços Públicos, Aguinaldo Leite, como oportunidades para debater conceitos, conhecer as experiências, principalmente de técnicos e operadores alemãs passando pela discussão da implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, as tecnologias desenvolvidas e que deram resultados, as linhas de financiamento e as barreiras jurídicas encontradas no meio do processo.
“Avalio o congresso como positivo desde a sua estrutura, a acomodação dos participantes e palestrantes, assim como todos os temas que foram debatidos”, afirma Aguinaldo Leite, ao dizer que essa parceria com a Alemanha propõe trabalhar muito a questão do conhecimento, mais do que apenas comprar tecnologias. “Precisamos aprender como operar, mas de forma conceitual”, explica.
O secretário diz que por meio do congresso foi possível mostrar que Jundiaí sabe onde buscar informação e tem vontade de fazer acontecer. “A partir de hoje não tratamos mais os resíduos como fim do processo, mas sim uma matéria-prima para novos produtos”.
Crescimento
Referente às palestras apresentadas por representantes brasileiros, Klaus Fricke percebeu que tratam do tema com seriedade. “Porém, a implementação de novas tecnologias faz parte de um processo de crescimento que leva de 4 a 5 anos”, disse.
Entretanto, o professor acredita que a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos no próximo ano fará com que as discussões aumentem ainda mais sobre o tema, apesar de considerar um prazo curto para que os municípios possam se adequar. “Vale ressaltar que na Alemanha também houve uma legislação no começo de tudo, por isso é extremamente importante que o Governo Federal pressione para o cumprimento da lei”.
Próximo passo
Com a realização do congresso, a parceria entre Brasil e Alemanha começa a ganhar forma e a partir de 2014 dará início ao projeto de estudo para tratamento e destinação de resíduos sólidos que terá duração de 15 meses.
O estudo prevê investigação das características físicas, químicas e biológicas dos resíduos produzidos em Jundiaí – são 400 toneladas por dia.
O projeto ainda fará uma análise do mercado potencial de consumo dos subprodutos que serão gerados após o tratamento mecânico e biológico como, por exemplo, composto, biogás, eletricidade etc.