As palestras do primeiro dia de Conferência

17/12/2013 - Jundiaí - SP

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí

Palestras
O presidente da AMLURB (do município de São Paulo), Silvano Silvério da Costa, destacou que a meta é reduzir 98% dos resíduos que vão para os aterros, que receberão apenas os chamados rejeitos (lixo que não tem mais como reciclar).

A segunda palestrante do dia foi a juíza Teresa Cristina Mendes, corregedora do Maranhão, que mostrou como o Poder Judiciário está se adaptando ao novo cenário imposto pelas políticas de sustentabilidade.

O subsecretário de Energias Renováveis do Governo de São Paulo, Milton Flávio, mostrou as características do Estado e apresentou algumas ações que estão sendo desenvolvidas dentro do Plano Paulista de Energia, como o aumento de energias renováveis e diminuição da participação de combustíveis fósseis.

Também destacou alguns benefícios das energias renováveis, como o desenvolvimento regional, uso de fontes energéticas locais, além da redução de custos de transmissão e distribuição e dos impactos ambientais.

O engenheiro civil Geraldo Antônio Reichert, coordenador da Câmara Técnica de Resíduos Sólido da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), chamou a atenção para a necessidade de uma mudança de conceito. “Resíduo sólido é diferente de rejeito”, disse.

Ele lembrou que no Brasil mais de 3,5 mil municípios ainda dispõem de lixões e cerca de 3 milhões de pessoas não têm acesso à coleta. “Estes são alguns dos desafios para a Política Nacional de Resíduos Sólidos.”

Aumento
Encerrando as apresentações da manhã, o diretor-presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos Silva Filho, levantou três questões a serem consideradas: crescimento populacional, produção e consumo e urbanização.

Na última década (2003-2012), a população brasileira cresceu 9,65% enquanto o volume de resíduos sólidos cresceu 21%, que acompanha o PIB per capta, que também cresceu 20,8. Isso mostra o aumento do poder de compra do brasileiro.

“Já precisamos hoje de um planeta e meio para suprir nossas demandas por recursos naturais. De 41 minerais e metais analisados em uma pesquisa, 14 estão em estado de escassez, entre eles ouro, cobre e nióbio”, destacou. “Se nada for feito teremos escassez destes materiais e impacto nos processos de produção e de consumo.”

Por outro lado, somente 58% dos 62,7 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos no Brasil têm destinação adequada, indo para aterros. E apenas 4% foram efetivamente reciclados em 2012.

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