da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
Na última segunda-feira (18), a regente do coral jundiaiense Canto Vivo, Cláudia de Queiroz, recebeu um aviso por e-mail que a fez começar a semana com o pé direito. O grupo vocal que lidera há 21 anos (um dos mais antigos da cidade, com 27 anos de bagagem), havia sido selecionado para a fase estadual do Mapa Cultural Paulista. De novo.
Veterano na competição, o Canto Vivo soma cinco participações e três premiações para a fase estadual. “Em 2000 estávamos lá pela primeira vez e, logo de cara, fomos selecionados e pudemos apresentar nosso trabalho na fase estadual”, conta Cláudia.
Dessa vez, o grupo jundiaiense deixou para traz sete outros corais da macrorregião de Campinas, como o coral campineiro e grupos de Rio Claro e Americana, por exemplo.
O passaporte para a fase estadual se deu durante a apresentação do dia 9 de novembro, em São José do Rio Pardo. Na ocasião, o transporte e a alimentação dos 25 coralistas tiveram o suporte da Prefeitura de Jundiaí.
Atendendo ao regulamento do evento, três peças foram apresentadas, com características contrastantes, além de trazer um compositor paulista. O Canto Vivo homenageou o santista Paçoca e sua música-homenagem a São Paulo, “Sonora Garoa”. “Ele é um violeiro com peças muito interessantes”, define Cláudia. Além do saboroso cardápio popular, o coral surpreendeu com peças renascentistas e contemporâneas.
2014
“Ainda não sei bem aonde serão as apresentações da fase estadual. Geralmente, ocorrem no Memorial da América Latina, na capital, mas não há nada confirmado. Depois, ainda há uma etapa chamada de ‘circulação’, em que os grupos se apresentam num tipo de miniturnê com apresentações pelo interior do Estado”, conta Cláudia, que, atualmente, se desdobra à frente de 4 corais, incluindo nessa conta o Coral Municipal de Jundiaí, que completa dois anos de atividade nesta quinta-feira (21).
“Tem gente que pergunta se, além disso, eu tenho algum trabalho”, diz, sorrindo. “Mas a música sempre vale a pena”, garante a profissional, formada em música pela Unicamp.
História
Nesses quase 30 anos de atividade, um dos momentos mais marcantes do Canto Vivo foi a apresentação ocorrida nas ruínas do Teatro Polytheama, no ano de 1994, chamando a atenção da cidade para o estado de degradação que um dos maiores patrimônios locais se encontrava. “Era uma maneira de mostrar a urgência de sua revitalização.”
Com as devidas autorizações, o grupo fez apresentações disputadas no grito, para plateias de aproximadamente 200 felizardos em cada espetáculo. “Todas as escadarias estavam comprometidas. Nos apresentamos no piso térreo, onde hoje fica a plateia. Foi um de nossos momentos mais marcantes”, lembra.
Após tanto tempo de estrada, Cláudia dá a partitura para o sucesso da longevidade do Canto Vivo: “muita vontade das pessoas em fazer sempre o melhor”. E todos são voluntários, têm outras profissões em paralelo à atuação de coralista.
Em janeiro, o grupo abre período de audições para buscar novas vozes. Os ensaios ocorrem sempre aos sábados, das 14h30 às 18h30. Basta ter mais de 18 anos e vontade de participar. Mais informações pelos telefones (11) 9.9829-7291 ou (11) 4601-1836.