da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
O professor Helio Maffia tem a história diretamente ligada ao Complexo Esportivo Nicolino de Lucca, o Bolão. O lugar entrou na vida deste senhor de 81 anos por meio do vôlei. Foi ali que ele defendeu as cores da Esportiva como cortador.
Helio Maffia fez parte da equipe que conquistou três vezes os Jogos Abertos, em 1955, 1961 e 1962. O elenco contava com atletas fortes como Alberto Micheleto, Nelson Machado, Antônio Kunigan, Mario Luís Borin, Luiz Geraldo Lacerda, Carlos Hungar, José de Moura, Daloka, Nelson Passini, Eurico Mendes Pereira e João Machado. Os técnicos foram Nicolau Bicari Neto, Mario Favero e Valderbi Romani.
“Era um super time. Lembro quando ganhamos os Jogos Abertos em 1961, no Bolão. A festa foi grande. Graças a este tempo cheguei na seleção paulista e fui vice-campeão brasileiro perdendo a final no Rio de Janeiro”, disse.
Da época do vôlei, Helio Maffia lembra de boas histórias. Uma tem a ver com Amauri Passos, bicampeão do mundo de basquete, em 1959, em Santiago (foi eleito o jogador mais completo do torneio), e também em 1963, quando garantiu duas vezes a medalha de bronze nas Olimpíadas de 1960 e 1964, além de se tornar oito vezes campeão sul-americano. “Antes do basquete, ele jogou vôlei por Jundiaí. Nicolau Bicari Neto dirigia a equipe da cidade e conhecia o Amauri do Paulistano. Ele o convidou para jogar aqui e ele veio. O Amauri era um baita jogador de vôlei, mas fez sucesso mesmo no basquete”.
Além disso, Helio Maffia lembra que o saque ‘Jornada nas Estrelas’, popularizado por Bernard nos anos 1980, já era feito na cidade. “O Durigan (jogador de 1960) fazia este saque no Bolão. A bola subia e ninguém pegava”.
Helio Maffia jogou vôlei até os Jogos Abertos de 1965. “Fui fazer Direito, mas o esporte é minha vida. Fiz até o segundo ano e fui contratado pelo São Paulo para ser preparador físico.”
Ele é um dos maiores nomes da preparação física no Brasil. Atuou no São Paulo, no Palmeiras, Guarani, Corinthians, seleção paulista e seleção brasileira.
Carreira
No Bolão, além de ser jogador de vôlei, foi diretor-presidente do CCE (Comissão Central do Esporte), diretor da Escola Superior de Educação Física (Esef) por 14 anos e diretor da Defer (Departamento de Educação Física, Esporte e Recreação). Há 9 anos, Maffia é o coordenador do Museu do Esporte de Jundiaí.
“O Bolão era minha segunda casa, minha vida é o esporte. Trabalhava no Palmeiras e à noite vinha para cá para comandar a faculdade que só tinha aulas à noite. A faculdade começou debaixo das arquibancadas do ginásio. Eu lembro que fui até Brasília e consegui montar a biblioteca e trazer aparelhos da musculação para a Esef. Além de montar o departamento de fisiologia. Muitas equipes de futebol vinham se preparar no Bolão graças a isso.”
A história dele no Bolão não está encerrada. “Quero montar o Museu do Esporte e já estou conversando com pessoas que se destacaram na cidade. O secretário Cristiano Lopes está atento a este pedido”.