da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
O auditório do Hospital Universitário sediou nesta sexta-feira (26) o evento de aprimoramento do protocolo de atendimento a casos de violência sexual. Sediado no próprio hospital, esse tipo de trabalho vai ganhar novos cuidados, tanto na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis quanto na coleta de indícios de provas contra os agressores.
“Essa parceria é importante porque isso diz respeito aos direitos das pessoas atingidas, sejam mulheres, crianças ou homossexuais”, explica a gerente da Vigilância Epidemiológica, Solange Nogueira Marquezini.
Para o médico Eugênio Carlos Gruhmann, do Instituto Médico Legal (IML), ligado à Superintendência Técnico Científica da Polícia Civil, o aprimoramento é um avanço da própria sociedade. Ele falou sobre os cuidados na coleta de indícios no atendimento.
Em palestra, a infectologista Flávia Gennari Pinheiro (do Ambulatório de Moléstias Infecciosas) abordou as diversas recomendações de medicamentos preventivos para os tipos de doenças transmissíveis (DST) nesses casos.
A organização do evento no HU coube a Ana Paula Oliveira Moreira (do Ambulatório de Saúde da Mulher). Também estiveram envolvidos a assistência social da Vigilância Epidemiológica, Roberta Ribeiro e o diretor da Vigilância em Saúde, José Luiz Francischinelli.
Com um grupo de técnicos envolvidos no tema, o evento mostrou a importância da racionalidade diante de ocorrências que abalam o equilíbrio do ser humano (tanto entre os atingidos por esse tipo de violência como por todos os profissionais e pessoas próximas).
De acordo com dados recém divulgados da Secretaria Estadual de Segurança Pública, o município de Jundiaí registrou no primeiro semestre 53 casos de estupro. Em 2012, foram 101 casos no ano inteiro.
“Depois da consolidação do protocolo no HU, vamos trabalhar com as unidades de saúde e os médicos para atualizar o primeiro atendimento desse tipo de casos”, explicou Roberta.
A proposta nacional
A ação pioneira da Secretaria de Saúde de Jundiaí tem características ligadas com o projeto de lei PLC 3/2013 que deve ser promulgada pela presidente Dilma Rousseff nos próximos dias. O projeto prevê que todos os hospitais ou redes devem oferecer atendimento “emergencial, integral e multidisciplinar” para as vítimas de qualquer atividade não consentida.
Entre os atendimentos previstos para o Sistema Único de Saúde (SUS) estão o diagnóstico e tratamento de lesões, apoio psicológico, profilaxia e informações sobre serviços sanitários, além de colaboração nos procedimentos policiais para exame genético (DNA). O texto definitivo será divulgado até 1º de agosto.