Em Jundiaí, uma viagem em busca dos antepassados

17/7/2013 - Jundiaí - SP

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí

Para onde vamos? De onde viemos? Perguntas que intrigam e impulsionam o buscar humano desde seu enigmático surgimento. Se é praticamente impossível encontrar uma luz no fim desse túnel cósmico, pelo menos ficou mais fácil descobrir um pouco sobre os antepassados, as ramificações familiares e, assim, encontrar a si mesmo. Essa é a ideia básica que norteia o Centro de História da Família, iniciativa levada a cabo pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

Em Jundiaí, o trabalho teve início nos anos 1980, ainda de modo rudimentar e artesanal, com garimpagem de voluntários da instituição que percorriam cemitérios, cartórios e paróquias para documentar, no papel e na celulose de microfilmes, qualquer tipo de informação que pudesse levar luz às gerações passadas.

Hoje, boa parte desse material já se encontra digitalizado e tem conexão direta com o Banco Genealógico de Salt Lake City, em Utah (Estados Unidos). Segundo o site da igreja, é o maior do mundo, com 3,5 bilhões de registros microfilmados, microfichas e mídia digital, fornecidos gratuitamente para qualquer pessoa que tenha interesse em descobrir mais sobre sua história. “O objetivo é promover um resgate da unidade familiar e poder conhecer melhor nossa própria família”, garante o conselheiro da igreja, Arnaldo Schioser.

Descobertas
Roberto Pires, membro da instituição e pesquisador genealógico desde 1968, deparou-se com fatos inusitados, e até então inéditos, de sua família. “Meu avô era um comerciante baiano que vendia, dentre outras coisas, o punhal que era usado pelo bando de Lampião”, e mostra a arma branca, ainda casada à bainha de couro, tirada de uma pasta com outros documentos históricos. “Quando a Coluna Prestes passou por aquela região, meu avô foi o único que não fechou o comércio, que estava temeroso pela presença daqueles homens. Meu avô foi o único que recebeu todo o pagamento pelas coisas que eles levaram”, afirma.

Outro membro, Elder Gava, mostra duas pastas volumosas de arquivos precisamente guardados. Uma reúne a história dos escaninhos familiares da mãe. A outra do pai. Entre fotos antigas, cartas e documentos (como certidões de nascimento, casamento e falecimento), Gava conseguiu, ao longo do tempo da pesquisa, traçar um panorama preciso sobre as origens.

“Meu avô foi o primeiro motorista de táxi da história de Jundiaí. Começou no início do século 1920, com um veículo de tração animal, que fazia o itinerário Estação Ferroviária ao único hotel que havia, localizado no Centro”, destaca, apontando para fotos de uma das pastas.

E até que geração é possível alcançar nessa busca de detetive? “Algumas pessoas já chegaram até Adão”, garante Schioser. Uma viagem e tanto, que tem como primeiro passo dessa jornada a internet, no site familysearch.org., Trata-se de uma espécie de mídia social onde as primeiras pesquisas podem ser feitas. Basta um rápido cadastro, tudo ao alcance do clique.

O serviço, online ou presencial, é gratuito e aberto a qualquer interessado. As pesquisas na igreja acontecem às quintas-feiras, das 19h30 às 21h30, e aos domingos, das 17h às 19h. Mais informações pelo telefone (11) 9.6916–4333. O endereço é rua da Saúde, 40, Vianelo.

História
Além do Centro de História da Família localizado em Jundiaí, na região do Vianelo, os membros explicam que existem outros exatos 4.689 espalhados pelo mundo afora, abarcando 128 países e mais de 170 idiomas, todos interligados em rede à Biblioteca Genealógica central, em Utah. O lugar foi construído para preservar o acervo da deterioração, de desastres naturais e de eventuais calamidades; fica a mais de 200 metros abaixo de uma rocha montanhosa, onde tudo é acondicionado, separado e organizado num espaço climatizado de 6 mil m².

Trabalho social – Segundo a assessora de imprensa do templo, Janete Monteiro Garcia, a instituição tem a meta de doar 3 mil cadeiras de roda por ano em todo o País, dentre outras atuações sociais. Em Jundiaí e região, serão quase 190 delas, adquiridas com o aporte de um “fundo humanitário internacional”, e que deverão ser entregues nesta quarta-feira (17), em evento realizado em parceria com a Prefeitura de Jundiaí, por meio da Coordenadoria dos Direitos das Pessoas com Deficiência, na unidade da igreja localizada no Parque da Represa, às 14h.

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