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Comissão técnica, dirigentes, fisioterapeuta e até roupeiro. Não ficou ninguém para apagar a luz e nem para contar a história no Grêmio Catanduvense. A falta de pagamento dos salários atrasados causou a saída de vários funcionários e jogadores. Pior, acarretou na decisão de retirar o time da disputa da Copa Paulista, única competição na agenda para o segundo semestre.
De acordo com o Departamento de Competições da Federação Paulista de Futebol (FPF), o Catanduvense desistiu da Copa Paulista e o clube será encaminhado ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) que julgará o caso com base no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) e no Regulamento Geral das Competições.
Mas a dívida que gerou toda esta situação parece estar bem longe de ser quitada. O presidente do Conselho Deliberativo, Oswaldir Darcie, contou ao GLOBOESPORTE.COM que falou nesta quinta-feira com o presidente da Bruxa, Dimas Macedo. Na conversa, segundo Darcie, o gestor disse que não vai pagar a dívida, mas que dará uma "ajuda de custo".
“Falei com o Dimas e ele disse que vai segunda-feira à tarde ao clube. Pediu para eu fazer um levantamento da dívida e disse que não vai pagar, mas vai ajudar. Ele admitiu que até agora não pagou ninguém. Estamos tomando as providências para afastá-lo. Vamos fazer também um boletim de ocorrência”, disse Darcie.
Macedo se defendeu das acusações do conselheiro e afirmou que na segunda-feira vai se reunir para fazer um novo planejamento para o pagamento da dívida.
“Não falei nada disso. Eu disse que todo o dinheiro que entrou no clube foi meu. O pagamento da prefeitura não chegou e era com ele que iríamos acertar com os jogadores. Os meses de dezembro a fevereiro estavam em dia porque eu pagava do meu bolso. Agora, não adianta entrar na Copa Paulista com uma dívida dessas. Eu quero cumprir minha parte. Segunda-feira vamos fazer um novo planejamento e até lá devemos ter uma resposta de quando serão quitadas essas parcelas”, afirmou Macedo.
Sobre a reunião que poderia afastá-lo da presidência do Grêmio, Dimas Macedo disse que é o dinheiro dele que está no clube e, se existia alguém que deveria sair, seria ele próprio. “Quem tem que sair de lá sou. É o meu dinheiro que entra. Se alguém chegar lá e quiser ficar com o clube eu entrego a carta e pronto. Não fico preocupado. Eu estou à disposição de quem quiser. Eu entrego na hora. É fácil administrar com o dinheiro dos outros”, acrescentou.