da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
Um grupo de 25 profissionais de Jundiaí participaram, na noite de quarta-feira (10), da palestra “Atualizações sobre Leishmaniose Visceral Canina para Clínicos Veterinários”. O encontro, realizado no auditório do Parque da Cidade, teve o objetivo de trazer informações atualizadas e padronizar procedimentos para o atendimento de casos suspeitos e confirmados da leishmaniose.
As informações foram passadas pelo médico veterinário da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), Francisco Conrado Uchoa, pelo pesquisador do Instituto Adolfo Lutz, Roberto Hiramoto, e pelo gerente do Centro de Vigilância e Controle de Zoonoses de Jundiaí, Carlos Ozahata.
De acordo com Ozahata, embora Jundiaí não apresente casos de leishmaniose visceral caniana ou humana, está próxima de municípios que já têm casos da doença.
De acordo com o veterinário, normalmente os primeiros casos são diagnosticados em cães, portanto é importante alertar os veterinários que possuem estabelecimentos na cidade. “Infelizmente, o cão infectado torna-se reservatório podendo contaminar insetos da espécie Lutzomyia longipalpis, vetor transmissor da doença. O Ministério da Saúde proíbe o tratamento de cães doentes”, alertou Ozahata.
Segundo o gerente, Jundiaí registrou um caso importado da doença em 2011, no bairro Santa Clara. Antes mesmo da confirmação deste caso, a Zoonoses já vinha desenvolvendo um trabalho de pesquisa entomológica. “A cidade está toda mapeada e definimos alguns pontos estratégicos, onde vamos atuar com mais intensidade”, disse.
Na fase inicial, a doença se manifesta na forma de lesões cutâneas com descamação e crostas, pequenas úlceras e pelos opacos. Na fase adiantada há crescimento exagerado das unhas, aumento do baço e do fígado, conjuntivite, coriza, apatia, diarréia, hemorragia intestinal e perda de apetite, evoluindo para a morte.