da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí
Representantes de 16 municípios participaram, nessa segunda-feira (3), de treinamento para utilização do teste rápido de detecção da Leishmaniose Visceral Canina. O evento, promovido pela Secretaria de Saúde de Jundiaí, em parceria com o Instituto Adolfo Lutz, teve a proposta de capacitar os municípios, enfatizando os novos protocolos estabelecidos pelo Governo de Estado para a detecção da doença.
Estiveram presentes representantes das prefeituras de Jundiaí, Indaiatuba, Cabreúva, Francisco Morato, Santana de Parnaíba, Itupeva, Atibaia, Louveira, Valinhos, Itatiba, Monte Mor, Jandira, Cajamar, Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista e Paulínia. De acordo com o gerente do Centro de Vigilãncia e Controle de Zoonoses de Jundiaí, Carlos Ozahata, o município é referência para aplicação do teste rápido, porém outras cidades estão sendo preparadas.
“A partir de 2013 outros municípios também receberão os testes. Este treinamento os deixa preparados para que possam utiliza-los da maneira correta”, explicou Ozahata. O teste, desenvolvido pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), é o ponto de partido para detecção da Leishmaniose em casos suspeitos. Com a positividade, este teste será complementado com o “Eliza”, um exame mais apurado que vai possibilitar a confirmação da doença.
Segundo Ozahata, Jundiaí registrou um caso importado da doença em 2011, no bairro Santa Clara. Antes mesmo da confirmação deste caso, o Centro de Controle de Zoonoses desenvolve um trabalho de pesquisa entomológica. “A cidade está toda mapeada e definimos alguns pontos estratégicos, onde vamos atuar com mais intensidade”, disse o gerente, lembrando que, atualmente, há casos confirmados em Indaiatuba, Campinas, São Pedro e Sorocaba.
Com a proximidade dos casos, os municípios devem se manter em alerta, conforme enfatizou o pesquisador científico do Instituto Adolfo Lutz, Roberto Hiramoto. “Embora a região não tenha casos em humanos, é preciso desenvolver ações efetivas para tentar frear o aparecimento da doença. É preciso que os municípios se mantenham vigilantes”, ressaltou o pesquisador, elogiando as iniciativas adotadas por Jundiaí.
Integrante do Comitê Estadual de Controle da Leishmaniose Visceral, Hiramoto destacou que o Estado de São Paulo desenvolve projetos para controlar a doença, como está acontecendo na região de Adamantina, cujos trabalhos são abrangentes. “Utilizamos coleiras repelentes, e os animais são microshipados”, finalizou o pesquisador.