Municípios definem ações para frear leishmaniose

7/8/2012= - Jundiaí - SP

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí

Cerca de 70 pessoas participaram, nesta segunda-feira (6), do primeiro dia do Encontro Regional de Vigilância e Controle de Leishmaniose Visceral Canina. O evento, realizado no auditório da Unip, contou com presenças de profissionais da área de saúde pública e médicos veterinários de clínicas particulares.

De acordo com o gerente do Centro de Vigilância e Controle de Zoonoses, Carlos Ozahata, 20 municípios enviaram representantes, o que demonstra a mobilização da região sobre o assunto. O evento prossegue nesta terça (7), com palestras e atividades práticas. A programação tem início às 8h30.

Durante estes dois dias de evento, Ozahata destacou que serão abordados temas importantes relacionados ao controle da doença, sintomatologia, legislação, coleta de material e vacinação.

 

“São questionamentos que fazem parte do dia a dia dos trabalhadores dos serviços de saúde, como pude observar neste primeiro dia.”

O objetivo do encontro é de estabelecer um canal de comunicação com os municípios do entorno e definir um padrão de atendimento para atuar em casos da doença. Indaiatuba, que fica a 50 km de Jundiaí, registrou caso da doença este ano.

Em Jundiaí, os primeiros casos da doença foram registrados em 2006, todos importados. Atualmente, a cidade não tem casos de Leishmaniose, mas, mesmo assim, os serviços de saúde estão em alerta. Até o momento, o mosquito não foi encontrado. Além disso, todos os cães que chegam aos serviços públicos para doação passam por inquérito sorológico.

Jundiaí é referência
A realização do evento segue em linha com o que determina a Lei Federal 12.604/12, que prevê a instituição da Semana Nacional de Combate e Controle da Leishmaniose. No entanto, a iniciativa também serviu para reforçar junto aos municípios a atuação de Jundiaí, que passa a ser referência para a realização de exames de triagem para os municípios da região. “O Instituto Adolfo Lutz referendou Jundiaí para receber os kits que permitem o diagnóstico rápido da doença”. informou Ozahata.

Foram selecionados 30 municípios para atuarem no diagnóstico rápido da doença; 29 deles apresentam transmissão autóctone da Leishmaniose e apenas um, no caso Jundiaí, não tem transmissão.

A doença
O foco principal dos trabalhos desenvolvidos pelo Centro de Vigilância e Controle de Zoonoses é o vetor da Leishmaniose Visceral, a mais grave e que pode acarretar a morte dos animais. Os cães infectados com esta doença podem permanecer sem sinais ou sintomas por um longo período. Na fase inicial, a doença se manifesta na forma de lesões cutâneas com descamação e crostas, pequenas úlceras e pêlos opacos. Na fase adiantada há crescimento exagerado das unhas, aumento do baço e do fígado, cojuntivite, coriza, apatia, diarréia, hemorragia intestinal e perda de apetite, evoluindo para morte.

Além da Leishmaniose Visceral há também a Leishmaniose Tegumentar Amerciana, que acomete humanos e pode permanecer de um mês a um ano incubada, a Leishmaniose Visceral Americana, cujo período de inbuação nas pessoas pode variar de dois a seis meses, e a Leshmaniose Cutânea.

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