Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, em 28 de julho, destaca a importância da vacinação
27/7/2012 - Jundiaí - SP
Cerca de 2 bilhões de pessoas sofrem com esse problema, segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde; a vacina é a melhor forma de se prevenir contra as hepatites A e B
Silenciosas, com alto poder de contágio e, em alguns casos, bem perigosas. Assim são as Hepatites Virais, doenças que podem ser causadas por 6 tipos diferentes de vírus - A, B, C, D, E e G. As duas primeiras podem ser prevenidas por vacinas muito seguras e efetivas, e a prevenção da hepatite B praticamente elimina o risco de hepatite por vírus D. Essas infecções causam inflamação do fígado e acometem cerca de 2 bilhões de pessoas, segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde. Por isso, tem uma data dedicada especialmente a elas: o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, dia 28 de julho.
A hepatite A é transmitida por meio da ingestão de alimento e água contaminados ou de uma pessoa para outra. Seu impacto depende de vários fatores, como a idade e presença de comorbidades. A infecção é assintomática em cerca de 70% das crianças menores de 5 anos. Acima desta idade, 70% dos infectados têm náuseas, vômitos, mal-estar, falta de apetite, febre e icterícia (pele e olhos amarelados). Portadores dos vírus B e C ou de outras doenças hepáticas crônicas apresentam maiores taxas de complicação.
Até cerca de 10% dos casos de hepatite A demandam internações devido a complicações como mal-estar e desidratação. A doença pode ainda causar a morte por falência do fígado. A letalidade, considerando-se todos os casos, é cerca de 0,3%. Em adultos com mais de 40 anos, a evolução grave é mais comum e o número de óbitos pode chegar a 2%.
A hepatite B é mais perigosa, pois pode se tornar crônica, evoluindo para cirrose ou câncer. Pode ser transmitida da mãe para o filho (no momento do parto) ou por meio de fluídos e secreções corporais – como, por exemplo, contato sexual, agulhas não descartáveis e até compartilhamento de alicates de unha –, a doença é causada por um vírus extremamente resistente, de 50 a 100 vezes mais contagioso do que o da AIDS. A OMS estima que 350 milhões de pessoas infectadas pelo vírus da hepatite B são portadores crônicos da doença – em torno de 5% da população mundial. Dos portadores crônicos adultos, 20% podem desenvolver cirrose e 5% podem evoluir para o câncer hepático. Cerca de 600 mil pessoas morrem anualmente em consequência das formas agudas ou crônicas.
Nem todos que contraem a hepatite B apresentam sintomas, e maioria das crianças infectadas é assintomática. No caso dos adultos, boa parte apresenta sinais de febre, fadiga, perda de apetite, náuseas, dor abdominal, urina escura e icterícia.
VACINAS
Para o médico epidemiologista José Geraldo Ribeiro, professor de Medicina Preventiva da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, a vacinação é a melhor forma de se prevenir diretamente contra as hepatites A e B. “Todos devem tomar as vacinas, não importa a idade”, aconselha. O especialista lembra também da importância de a futura mamãe receber a vacina contra hepatite B no segundo trimestre de gestação, caso não tenha sido vacinada previamente. “Assim evitamos que a gestante passe a doença para o filho. Também aplicamos a vacina contra hepatite B nas primeiras horas de vida da criança”, diz. A vacina contra hepatite A é recomendada somente após um ano de idade.
A vacina contra hepatite B esta disponível na rede púbica para pessoas com menos de 29 anos, sendo indicada em esquema de 3 doses (0, 1 e 6 meses). A vacina de hepatite A é indicada em esquema de duas doses (0 e 6 meses). “O vírus da hepatite A sobrevive na água doce e salgada durante um ano e resiste ao congelamento de alimentos, incluindo sucos e frutas. Nos últimos anos, com a maior oferta de água tratada e saneamento básico, muitos brasileiros chegam à adolescência sem terem tido contato com o vírus da hepatite A na infância. A doença apresenta maior gravidade em pessoas com mais de 15 anos de idade, por isso, também é importante vacinar os adolescentes e adultos sem imunidade”, diz a médica Lucia Bricks, diretora de Saúde Pública da Sanofi Pasteur, divisão de vacinas do Grupo Sanofi.
OUTROS TIPOS
- Hepatite C: os sinais e sintomas são semelhantes aos da hepatite B, podendo também evoluir para a forma crônica. A presença de sinais clínicos ocorre quando os pacientes já estão com o fígado bastante comprometido. A maioria das pessoas infectadas (80%) evolui para forma crônica e 25% desses para cirrose ou câncer de fígado. A via mais comum de transmissão é a endovenosa.
- Hepatite D: depende da contaminação do indivíduo pela hepatite B e também é evitada pelo uso da vacina contra hepatite B. As manifestações clínicas são muito semelhantes às da hepatite B, porém a gravidade é maior.
- Hepatite E: comum na Ásia e África e rara no Brasil. O vírus é transmitido por via fecal-oral, semelhante ao que ocorre com a hepatite A, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados. Em geral, a infecção é assintomática e, quando sintomática, os sintomas são indistinguíveis das outras hepatites virais.
- Hepatite G: é provocada pelo vírus VHG, responsável por 0,3% de todas as hepatites virais. Desconhecem-se, ainda, todas as formas de contágio possíveis, mas sabe-se que a doença é transmitida, sobretudo, pelo contato sanguíneo, em especial nas pessoas que utilizam drogas injetáveis ou que foram submetidas a transfusões de sangue.
Informações para a imprensa com Yuri Antigo – Lu Fernandes Comunicação e Imprensa – 11 3814-4600
Cerca de 2 bilhões de pessoas sofrem com esse problema, segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde; a vacina é a melhor forma de se prevenir contra as hepatites A e B
Silenciosas, com alto poder de contágio e, em alguns casos, bem perigosas. Assim são as Hepatites Virais, doenças que podem ser causadas por 6 tipos diferentes de vírus - A, B, C, D, E e G. As duas primeiras podem ser prevenidas por vacinas muito seguras e efetivas, e a prevenção da hepatite B praticamente elimina o risco de hepatite por vírus D. Essas infecções causam inflamação do fígado e acometem cerca de 2 bilhões de pessoas, segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde. Por isso, tem uma data dedicada especialmente a elas: o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, dia 28 de julho.
A hepatite A é transmitida por meio da ingestão de alimento e água contaminados ou de uma pessoa para outra. Seu impacto depende de vários fatores, como a idade e presença de comorbidades. A infecção é assintomática em cerca de 70% das crianças menores de 5 anos. Acima desta idade, 70% dos infectados têm náuseas, vômitos, mal-estar, falta de apetite, febre e icterícia (pele e olhos amarelados). Portadores dos vírus B e C ou de outras doenças hepáticas crônicas apresentam maiores taxas de complicação.
Até cerca de 10% dos casos de hepatite A demandam internações devido a complicações como mal-estar e desidratação. A doença pode ainda causar a morte por falência do fígado. A letalidade, considerando-se todos os casos, é cerca de 0,3%. Em adultos com mais de 40 anos, a evolução grave é mais comum e o número de óbitos pode chegar a 2%.
A hepatite B é mais perigosa, pois pode se tornar crônica, evoluindo para cirrose ou câncer. Pode ser transmitida da mãe para o filho (no momento do parto) ou por meio de fluídos e secreções corporais – como, por exemplo, contato sexual, agulhas não descartáveis e até compartilhamento de alicates de unha –, a doença é causada por um vírus extremamente resistente, de 50 a 100 vezes mais contagioso do que o da AIDS. A OMS estima que 350 milhões de pessoas infectadas pelo vírus da hepatite B são portadores crônicos da doença – em torno de 5% da população mundial. Dos portadores crônicos adultos, 20% podem desenvolver cirrose e 5% podem evoluir para o câncer hepático. Cerca de 600 mil pessoas morrem anualmente em consequência das formas agudas ou crônicas.
Nem todos que contraem a hepatite B apresentam sintomas, e maioria das crianças infectadas é assintomática. No caso dos adultos, boa parte apresenta sinais de febre, fadiga, perda de apetite, náuseas, dor abdominal, urina escura e icterícia.
VACINAS
Para o médico epidemiologista José Geraldo Ribeiro, professor de Medicina Preventiva da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, a vacinação é a melhor forma de se prevenir diretamente contra as hepatites A e B. “Todos devem tomar as vacinas, não importa a idade”, aconselha. O especialista lembra também da importância de a futura mamãe receber a vacina contra hepatite B no segundo trimestre de gestação, caso não tenha sido vacinada previamente. “Assim evitamos que a gestante passe a doença para o filho. Também aplicamos a vacina contra hepatite B nas primeiras horas de vida da criança”, diz. A vacina contra hepatite A é recomendada somente após um ano de idade.
A vacina contra hepatite B esta disponível na rede púbica para pessoas com menos de 29 anos, sendo indicada em esquema de 3 doses (0, 1 e 6 meses). A vacina de hepatite A é indicada em esquema de duas doses (0 e 6 meses). “O vírus da hepatite A sobrevive na água doce e salgada durante um ano e resiste ao congelamento de alimentos, incluindo sucos e frutas. Nos últimos anos, com a maior oferta de água tratada e saneamento básico, muitos brasileiros chegam à adolescência sem terem tido contato com o vírus da hepatite A na infância. A doença apresenta maior gravidade em pessoas com mais de 15 anos de idade, por isso, também é importante vacinar os adolescentes e adultos sem imunidade”, diz a médica Lucia Bricks, diretora de Saúde Pública da Sanofi Pasteur, divisão de vacinas do Grupo Sanofi.
OUTROS TIPOS
- Hepatite C: os sinais e sintomas são semelhantes aos da hepatite B, podendo também evoluir para a forma crônica. A presença de sinais clínicos ocorre quando os pacientes já estão com o fígado bastante comprometido. A maioria das pessoas infectadas (80%) evolui para forma crônica e 25% desses para cirrose ou câncer de fígado. A via mais comum de transmissão é a endovenosa.
- Hepatite D: depende da contaminação do indivíduo pela hepatite B e também é evitada pelo uso da vacina contra hepatite B. As manifestações clínicas são muito semelhantes às da hepatite B, porém a gravidade é maior.
- Hepatite E: comum na Ásia e África e rara no Brasil. O vírus é transmitido por via fecal-oral, semelhante ao que ocorre com a hepatite A, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados. Em geral, a infecção é assintomática e, quando sintomática, os sintomas são indistinguíveis das outras hepatites virais.
- Hepatite G: é provocada pelo vírus VHG, responsável por 0,3% de todas as hepatites virais. Desconhecem-se, ainda, todas as formas de contágio possíveis, mas sabe-se que a doença é transmitida, sobretudo, pelo contato sanguíneo, em especial nas pessoas que utilizam drogas injetáveis ou que foram submetidas a transfusões de sangue.
Informações para a imprensa com Yuri Antigo – Lu Fernandes Comunicação e Imprensa – 11 3814-4600