da assessoria de imprensa da prefeitura de Jundiaí
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do setor de Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT), está vistoriando estabelecimentos comerciais, a fim de evitar a venda de materiais que contêm amianto. Na manhã desta sexta-feira (11), a VISAT reuniu alguns representantes dos estabelecimentos, a fim de orientá-los quanto aos agravos ocasionados pelo contato com o produto e as penalidades previstas em lei para quem o comercializa.
As inspeções sanitárias vêm ocorrendo em cumprimento da Lei Estadual 12.684/2007. A equipe, constituída por três autoridades sanitárias e um engenheiro de Segurança do Trabalho, percorre os estabelecimentos e determina a devolução dos materiais para os fornecedores. De acordo com o gerente da VISAT, José Luiz Francischinelli, os estabelecimentos que comercializam este produto podem providenciar a devolução mesmo antes de receber a inspeção do setor.
Em Jundiaí existem 470 (100%) estabelecimentos que comercializam materiais de construção. Até o momento foram inspecionados 22 (4,68%), sendo encontrado um total de 14.732 telhas e 2.137 cumeeiras que continham amianto, o equivalente a uma área total de 25.362,54 m².
Francischinelli explicou que o foco é a saúde dos trabalhadores que quando expostos ao amianto correm o risco de contrair a asbestose (doença pulmonar crônica de origem ocupacional), cânceres de pulmão e do trato gastrointestinal e a mesotelioma (tumar maligno raro) que pode atingir tanto a pleura quanto o peritônio com período de latência em torno de 30 anos.
O amianto pode contaminar o ar, a água, os alimentos e quando entra no corpo humano, através da respiração ou ingestão, não pode ser destruído por qualquer agente. “Nossos anticorpos não conseguem eliminá-lo ou netralizá-lo, ficando alojado principalmente no pulmão e certos tecidos da pleura e peritônio, membranas que revestem respectivamente pulmão e abdômen”, alertou Francischinelli, lembrando que o aminato é proibido em muitos países do primeiro mundo, como Itália, França, Suíça, Alemanha, Inglaterra e Holanda.
Substituição
No Brasil, o aminato ainda tem sido empregado em uma ampla gama de produtos, principalmente na indústria da construção civil (telhas, caixas d’água) e em setores e produtos como guarnições de freio (lonas e pastilhas), juntas, gaxetas, revestimentos de discos de embreagem, tecidos, tintas e tubulações, dentre outros.