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Edson Carlos de Sena

Autor: Edson Carlos de Sena

“É melhor que exista sempre pobres e ricos do que a beleza de alguns seja para sempre”, diz Dona Sinceridade.

26/2/2023 - Jundiaí - SP

“O belo sempre encantou, mas também é a ilusão que levou muitos à cova. Quantas pessoas morreram buscando ficarem mais belas? Muitas, não é verdade? Não podemos contar a quantidade de cirurgias feitas em busca da beleza que foram mal sucedidas e levaram a vida de muitas pessoas que buscavam ficar “mais belas”.

 Mas para além desse olhar, temos a realidade da vaidade de algumas pessoas que se sentem melhores que as outras por estarem em um elevado padrão de beleza, isso segundo a cultura atual. É aceitável que exista ricos e pobres, pois isso sempre houve na história da humanidade, mas imagine se certas pessoas fossem eternamente bonitas. Assim, a vaidade seria muito feia, não é mesmo?

Vivemos em um país em que as mídias valorizam a um certo padrão de beleza em detrimento da grandíssima maioria da população. Somos um povo composto por varias raças, mas o que predomina como o bonito são os moldes de beleza dos traços brancos da cultura europeia.

Quanto a nós, negros, somos valorizados como belos quando os nossos traços são semelhantes aos traços do povo branco do estereotipo de beleza branca europeia, você concorda ou discorda disso? Não quero ser o dono da verdade, mas vejo um certo preconceito pairando no imaginário de beleza da maioria do povo brasileiro, isso construído pelas grandes mídias de comunicação.

Temos ainda que falar das pessoas que fogem muito desse padrão, pois o preconceito para com estas pessoas quando não é explícito ele é camuflado e escondido até no discurso da inclusão, mas que mais parece uma cena de ironia, pelo menos é o que muitas pessoas comentam. Por exemplo, quando uma pessoa negra e pobre fala na TV muitas pessoas acham que ela não conseguem se expressar de modo adequando, pois ela fala de modo tido como não culto, ou seja, não adequado. Sem falar que muitos veem o preto e pobre como um ser inferior, você percebe isso? Sem falar que por trás das cenas de inclusão espalhadas nas grandes mídias de comunicação existe uma busca voraz por novos consumidores. O respeitar as pessoas porque são pessoas e isto basta não acontece por parte de todos.”

Bem, essas são as palavras de Dona Sinceridade, uma personagem fictícia, mas que retrata, em partes, o pensamento do autor. Diante desta reflexão qual a sua opinião? O que é exagero?

Eu, autor, concordo com Dona Sinceridade em quase tudo, pois uma coisa que não concordo e gostaria que não existisse é a grande diferença entre pobres e ricos em nosso país. E acredito que muitas pessoas não chamam a atenção com suas belezas porque não podem se cuidar adequadamente, pois a precariedade de recursos básicos as deixam não tão atraentes. Você concorda com essa última afirmação? Espero que esta reflexão seja útil para você.

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