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Victor Barboza

Autor: Victor Barboza

Como preparar as finanças para o pós-pandemia?

1/6/2020 - Jundiaí - SP

No dia 24 de Março de 2020, o estado de São Paulo se viu de um cenário totalmente inesperado: o decreto do isolamento social como medida para evitar a propagação do Coronavírus. Com isso, a grande maioria dos estabelecimentos comerciais foram obrigados a ficarem de portas fechadas, indústrias suspenderam produções e boa parte das empresas aderiram ao modelo de trabalho home office.

Não só o estado de São Paulo, como o mundo todo, se viram numa grande encruzilhada, com crise na saúde, por conta da pandemia, e crise na economia. Esta última vem trazendo sérias consequências, como falência de negócios, aumento no número de desempregados e reduções salariais.

Na última quarta-feira, dia 27 de maio, o governo de São Paulo anunciou a prorrogação da quarentena no estado, porém, com a flexibilização e aberturas econômicas progressivas, de acordo com o avanço do Covid-19 em cada município. Outros estados e vários países já passaram por esta transição, e a pergunta que fica é “Será que tudo vai voltar ao que era antes?”

Um mundo novo

Infelizmente a reposta para esta pergunta não é o que a maioria das pessoas sonha. Mesmo com as reaberturas graduais, o mundo não vai voltar ao que era antes, no “Pré Coronavírus”. Apesar de várias iniciativas no mundo todo se dedicarem para a criação da vacina contra a doença que assombra o mundo, ainda não há nada concreto, logo, temos que seguir várias medidas para evitar uma segunda onda do Coronavírus.

Desta forma, em relação à saúde, ações como o uso das máscaras, a higienização constante das mãos, o distanciamento mínimo entre pessoas e evitar grandes aglomerações devem ser mantidas.

Algumas tendências que já caminhavam há algum tempo acabam se consolidando agora, como os serviços por delivery, o home office e a educação à distância. Outras atividades que já foram comuns, mas tinham de certa forma desaparecido, como os cinema drive-in, acabam voltando.

Já em relação à retomada econômica, aqui os reflexos já se mostram mais delicados. Com o grande aumento de estabelecimentos que foram à falência, aumento significativo do número de desempregados e redução na renda de muita gente, tanto as pessoas quanto os negócios precisam reforçar sua gestão financeira para passarem por este momento de forma mais amena.

Muita gente percebeu neste cenário de isolamento social que é possível viver gastando menos. Quando estamos em casa, apesar de haver a possibilidade de compra pelos e-commerces e pedir comida pelos deliverys, muita gente se deu conta que dá para gastar menos.

Diante de um cenário de incertezas e de recessão econômica, evite viver no limite das suas finanças. É o momento de reforçar as reservas e repensar seus hábitos de consumo.

Além disso, muitas pessoas e empresas que viviam sem fazer o planejamento financeiro e reservas de emergência se viram, neste cenário de maior aperto, precisando inserir tais pontos na sua realidade. E, cabe agora estes perceberem tanto o planejamento quanto a reserva devem existir sempre, independente de cenários de crise (até porque, são nestes momentos que mais precisamos deles).

As empresas, de todos os portes e segmentos, uma vez reabertos, precisarão realizar investimentos para se adaptarem a este “novo mundo”. Estabelecimentos comerciais precisaram oferecer equipamentos de proteção para os seus funcionários, como máscaras e barreiras de proteção, escritórios precisarão oferecer álcool em gel em praticamente todos os cantos, além de reforçarem a limpeza, restaurantes precisarão replanejar o layout, com aumento do distanciamento entre as mesas, e por aí vai. Logo, neste período de transição que está chegando, comece a fazer o planejamento e os orçamentos.

Lembre-se também que os comportamentos do consumidor mudaram. Há maior preocupação com a higiene, sustentabilidade e preferência pelo digital. Logo, não pense que, uma vez permitido, basta abrir as portas que você voltará a ter o movimento que tinha antes. Seu negócio precisará passar confiança e estar adaptado aos novos comportamentos do consumidor.

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