ColunistasCOLUNISTAS

Anderson Zanchin

Autor: Anderson Zanchin

PRECONCEITO EM 2012

1/2/2012 - Jundiaí - SP

Todos os dias me deparo com centenas de postagens no facebook. Cada imagem representa algo que a pessoa defende ou acredita ser ideal. Confesso que muita coisa passa  despercebida, já outras me chamam muito a atenção. Em clima de início de ano, expectativas e sonhos renovados, resolvi escrever sobre uma imagem simples,mas que representa muito e por trás conota várias interpretações.

 

 Um coelho, um ratinho, um gato filhote e um cão de pequeno porte. Logo imaginamos a bagunça e briga que pode acontecer nesta mistura de raças e espécies de animais. Mas, por incrível que pareça, a foto representa uma harmonia invejável. Não precisa ser nenhum  gênio, basta ter um pouco de sensibilidade para captar a mensagem da foto. Na minha visão representa  o carinho e respeito que um tem para com o outro.

 

Mudando as personagens e local, mentalize nesta foto um negro homossexual de classe baixa, um louro de olhos claros e filho de político muito rico; uma mulher acima do peso, com problema físico de classe média e por último uma chinesa proprietária de uma loja de artigos de R$1,99.

 

Será que estas pessoas conseguiriam se relacionar sem interferências sociais? Talvez para muitos de nós isso seria possível, mas e se dificultarmos mais esta relação. O negro ser evangélico, o louro ser ateu, a mulher acima do peso ser umbanda e a chinesa espírita.

 

Parece que quando existe a interferência religiosa as coisas se complicam mais, não é mesmo? Mas deveria ser ao contrário. Afinal a Bíblia e Jesus pregam que devemos “Amar uns aos outros”. Mas, desde que o mundo deixou de ser direcionado pela palavra de Deus, e o capitalismo reinou, o dinheiro passou a ser o deus das pessoas.

 

Este meu texto só é mais um em meio a tantas reivindicações contra o preconceito em qualquer esfera que seja levado. Se a Igreja prega tanto que cada um vai acertar suas contas, porque então querem tanto mudar as pessoas? E o pior, se não conseguem as excluem. Não quero levantar uma guerra se uma religião é melhor ou pior que a outra. Quero levantar a bandeira da paz, do amor, da comunhão ou no mínimo, o respeito para com o próximo.

 

Quer outro exemplo? Ao contrário da foto dos “animaizinhos”, também foi divulgado no facebook uma montagem que rejeita toda e qualquer forma de amor familiar, se não o convencional. As fotos mostram casais de homossexuais criando crianças seguidas da frase “Isso não é uma família”.

 

 

 

Depois disso surgiu outra montagem, em resposta a esta primeira divulgada. Os mesmo casais homossexuais em plena harmonia, em contra ponto imagens de violência doméstica, realidade de muitos lares, seguida da frase “Isso é uma família?”.

 

 

Será que cabe a nós julgarmos o que está certo ou errado? Seria melhor uma família convencional com violência e sem estrutura, ou uma família homoafetiva com estrutura e amor? Sei que por trás de ambas as mensagens foi levantado a influência que isso ou aquilo pode ter na vida de crianças. Porém vamos ser francos, quantos gays foram criados por outros gays? Quantos homens violentos viveram a violência em casa? E poderíamos fazer uma lista enorme de exemplos.

 

Talvez eu seja contraditório ao dizer quem somos nós para julgar,  quando eu mesmo fiz um pré-julgamento da imagem dos animais, imaginando que eles estavam em harmonia. Mas prefiro julgar e olhar sempre com bons olhos tudo e todos. Não digo isso para ser melhor que ninguém, mas é tão mais fácil ver a bondade das pessoas... Se todos conseguissem enxergar com o coração, talvez o mundo fosse bem melhor.

 

Vamos parar de criticar o próximo e tentar fazer mais o bem para os necessitados das chuvas, deslizamentos de terra, mendigos, crianças sem estrtura familiar. Se ao invés de nos gladiarmos pelas nossas diferenças, fizéssemos campanha a favor das pessoas, do amor, ajuda comunitárias?#ficadica

 

Em 2012 eu quero compartilhar e propagar a paz entre as pessoas, divulgar muitas notícias boas, ajudar ao próximo independente da instituição religiosa, da ONG, do partido político, da sexualidade, enfim... fazer o bem sem olhar a quem!

Compartilhe no Whatsapp