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Douglas Silva

Autor: Douglas Silva

Como impor limites aos filhos

22/10/2016 - Jundiaí - SP

 

Comportamos-nos de diversas maneiras na tentativa de educar nossas crianças, mas quase sempre nos deparamos com o insucesso. O texto ilustra de forma sucinta, e não substitui uma análise minuciosa do comportamento apresentado pelas crianças que, por sua vez, são únicas e possui uma história de vida diferente uma das outras. Por tanto, reconhecer que precisamos de orientação é um dos pontos mais importantes para modificarmos nossa maneira de agir diante das crianças que necessitam de amor, carinho, atenção e também limites para que possam passar pelas fases do desenvolvimento infantil de maneira mais saudável.

É de extrema importância quem assume a responsabilidade de educar, ficar atento ao próprio comportamento emitido diante das crianças é um ponto a ser destacado. Pais que se explicam de mais demonstram insegurança, se a criança não compreendeu o motivo que foi solicitado a fazer ou a deixar de fazer alguma coisa, será mais difícil ainda ela ser convencia por mais explicações. O que ela necessita é entender que tudo o que você pede ou orienta é para o bem dela, só assim ela dará ouvidos a sua solicitação.

Diante disso, seja firme ao dar um aviso, procure mantê-lo até o fim. As crianças precisam compreender que existe apenas uma opção para aquele momento, a qual você decidiu pelo sim ou pelo não. É de extrema importância manter sua decisão. Tente observar como você anda negociando esse sim e o não com os seus filhos. Você já parou para questionar que pode estar apenas trocando, usando o método da barganha? “faça toda a lição e te dou um chocolate” se isso ocorre com frequência, isso significa que só os pais estão assumindo suas responsabilidades, enquanto as crianças estão sendo educadas que, para ser responsável por algo necessito ser recompensado o tempo todo.

Reforça-las é importante, mas pontuar a necessidade das suas obrigações é dar a referência que as crianças necessitam para entender que devem assumir suas tarefas independentes do que vão receber. Há momentos para ser aduladas, assim como há momentos de trabalhar o entendimento que nem sempre seremos reforçados por realizar algo, permitir a frustração também faz parte da educação dos filhos, afinal, jamais conseguiremos durante a nossa trajetória de vida ser atendidos em plenitude.

Portanto, diante desse olhar as crianças devem ser acostumadas a agir dentro de um senso de obrigações. Se elas são acostumadas a fazer algo apenas quando recebem algo, ficaremos vulneráveis a ter que sempre pensar em maiores ou melhores “mimos”. Com tudo, as crianças serão condicionadas a sempre questionar o que será dado se ela realizar alguma tarefa.  Isso fará você perder o controle gerando conflitos, na qual a criança começará a desafiar sua autoridade.

Nesse momento fique atento com as ameaças, pois se você fala que irá fazer algo, é obrigado a cumprir,caso contrario, demonstrará fraqueza diante da criança. Sabemos que algumas crianças aprendem com as punições, mas não é uma regra a ser seguida, pois muitas se tornam ressentidas, irritadas e reproduzem as agressões recebidas em seu dia a dia. 

É fato que se usarmos apenas a punição a criança aprenderá a aguentá-las o mais correto ao invés de puni-las o tempo todo é aprender a negociar com a criança.

Procure pedir uma única vez, demonstre firmeza ao pedir o que deve ser realizado e observe o comportamento da criança “Quando as crianças se negam a fazer o que foi pedido, eles usualmente expressam uma das três formas a seguir: tristeza, irritação ou distanciamento”, tais comportamentos sinalizam que a criança não irá fazer o que você pediu. Mas como agir diante disso?

Nesse momento é necessário agir de maneira enérgica, mas não confunda com agressividade. Procure orientar sua criança de maneira saudável. Vá até seus filhos, demonstre interesse pela criança isso fará perceber que ela terá que fazer o que você pede, durante a orientação procure olhar nos olhos e use o tom de voz baixo isso mostra que você está no controle da situação.

Porém se seu filho não deu importância a nenhuma ação você precisa procurar ajuda profissional para entender melhor o comportamento emitido pela criança e pela família. É importante fazer uma análise mais precisa dos comportamentos inadequados da criança para que se possa traçar uma orientação que auxilie na resolução do problema. Lembre-se amor, carinho e atenção são e sempre serão fontes importantes para o resgate de qualquer problema seja com a criança ou no âmbito familiar.

 

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